Nível do rio Araranguá baixa 10 centímetros nesta terça-feira

O grande volume de chuva dos últimos dias, que ultrapassou a média entre 110 e 130mm esperados para o mês de agosto, diminuiu nesta terça-feira. O nível do rio Araranguá, que ultrapassou o nível crítico na segunda-feira, continua alto, mas já baixou 10 centímetros. O nível está sendo monitorado e, às 18h30min desta terça, estava com 2,45 metros, cinco centímetros abaixo do nível considerado crítico. A tendência, segundo aponta Rosinei da Silveira, Coordenador Regional da Defesa Civil, é que com a trégua da chuva a situação seja normalizada nos próximos dias.

As 70 famílias removidas de suas casas na segunda-feira nos bairros Barranca e Baixadinho, devem esperar pelo menos mais três dias em abrigos improvisados nos Centros Comunitários da Vila São José e da Coloninha. Enquanto isso, a Prefeitura se mobiliza para angariar mantimentos e suprimentos de assistência, principalmente roupas quentes, cobertores e colchões.

– A Prefeitura abriu um chamado na Secretaria de Assistência Social para receber principalmente roupas quentes e cobertores, pois está muito frio. Alguns colchões e roupas das famílias caíram na água durante o transporte e está precisando para repor – informa Silveira.

A água chegou a invadir um trecho da BR-101, de acordo com informações da Polícia Rodoviária Estadual, que aponta que a SC-290 está fechada devido ao acúmulo de água na pista. A SC-449, que liga Meleiro a Araranguá, também está interditada devido ao alagamento em um trecho.

A região Sul registrou o maior número de estragos com chuvas, isolamento de comunidades e pessoas desabrigadas. Foi decretada situação de emergência em Araranguá, Sombrio e Passo de Torres. Em Sombrio, 12 famílias tiveram que deixar suas casas. O prefeito Zênio Cardoso visitou os locais atingidos durante esta terça-feira.

Em Jacinto Machado, seis comunidades foram isoladas. Cerca de 100 famílias não conseguem se deslocar para outras regiões do município, pois a estrada Picadão acumulou 80 centímetros de água. Cabeceiras de pontes também foram alagadas e o rio Pinheirinho, que corta Jacinto Machado, está pelo menos um metro acima do nível normal.