O nível de estresse entre trabalhadores brasileiros cresceu 41% no último ano de acordo com pesquisa realizada pela multinacional Regus, empresa de projetos para escritórios. Parece muito – e provavelmente é. No entanto, trata-se do terceiro menor percentual entre os 14 países pesquisados, à frente de Holanda (40%) e Austrália (38%).

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Os campeões de estresse são os chineses (75%) e alemães (58%), enquanto a média percentual foi de 48%. De modo geral, fatores como a falta de infraestrutura interna para suportar o crescimento que o país vive, assim como a contínua instabilidade da economia mundial, parecem ter contribuído para essa pressão crescente.

Os participantes disseram que a maioria dos gatilhos que elevam o estresse não é de natureza pessoa, mas profissional. Preocupações com emprego, finanças pessoais e clientes encabeçaram a lista de causas.

O Brasil obteve o maior percentural no item Eu acredito que flexibilidade no trabalho reduz o estresse, com 66% – mesmo índice constatado nos Estados Unidos e Austrália e menor do que entre mexicanos (67%), belgas (69%), indianos (72%) e canadenses (73%).

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– No Brasil, um em cada cinco trabalhadores descreve o estresse sentido no trabalho como “excessivo”. E a carga de estresse não recai apenas sobre eles, reflete também nos negócios, pois é aí que se percebe o rendimento das equipes abaixo do esperado, a necessidade de maior número de afastamentos por motivo de doença e a diminuição da eficiência – diz o diretor-geral da Regus no Brasil, Guilherme Ribeiro.

Além dos já citados, participaram da pesquisa trabalhadores da França, Reino Unido, África do Sul e Japão.

Em relação ao Brasil, a pesquisa também indicou que:

:: As principais causas do estresse são: emprego (55%), finanças pessoais (45%) e clientes (38%).

:: 66% dos participantes afirmam que meios flexíveis de trabalho reduzem o estresse.

:: Mais da metade (58%) dos participantes acredita que meios flexíveis de trabalho fazem muito bem para a família.

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:: Os trabalhadores de pequenas empresas estão mais propensos ao estresse causado pelos clientes (41%) que os trabalhadores de grandes empresas (33%). Em compensação, são menos cobrados pelos gerentes (21%) que seus colegas de empresas maiores (42%).

:: 42% dos participantes consideram que meios flexíveis de trabalho são mais baratos que locais fixos de trabalho, e 83% dizem que tais meios melhoram a produtividade.