Imagens divulgadas nesta terça-feira (8) por uma associação de moradores assustaram as pessoas que conhecem a Lagoa do Peri, em Florianópolis. As fotografias são reais e mostram que a praia que dá acesso aos banhistas está bem mais larga do que o normal.
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Segundo a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), isso é reflexo da estiagem, que atinge a Capital e as cidades vizinhas há quase dois meses.
Segundo o chefe do Departamento de Unidades de Conservação da Floram, Mauro Manoel da Costa, apesar de as imagens serem impactantes, ainda não há qualquer risco de que a Lagoa do Peri possa secar.
O local é uma das principais áreas de preservação da Ilha de Santa Catarina. A água é usada para abastecer os moradores de bairros do Sul, a Lagoa da Conceição e também as praias do leste. O manancial também é fonte de vida natural, já que dezenas de espécies vivem dentro da água ou no entorno do espaço.
Costa conta que a situação atual é a pior que ele já presenciou, nos 32 anos em que atua diretamente com a Lagoa do Peri. Entretanto, ele diz que viu situações semelhantes, em que o nível da água também baixou bastante. Para ele, a estiagem serve como um aviso aos moradores, que não dão tanta importância para preservar áreas como essa.
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— Tenho 32 anos de trabalho na prefeitura, na Lagoa do Peri. É um período normal de estiagem mesmo, que neste ano está se agravando um pouco, mas que talvez sirva de alerta. — garante.
De acordo com Costa, o fundo da Lagoa do Peri é bastante irregular. Como o nível geral da água baixou, acabou fazendo com que alguns bancos de areia aparecessem em pontos mais distantes das bordas da lagoa, assim como a parte da praia, que ficou bem mais larga.
Perspectiva de melhora
Costa acredita que, mesmo sendo uma estiagem histórica, a situação deve melhorar no fim do ano. Isso porque o período de chuvas começa justamente com a proximidade do verão. Ele diz que nesses momentos, a preservação de locais como a Lagoa do Peri é importante, porque ela pode ajudar no equilíbrio ambiental de toda a cidade e evitar tragédias.
Por outro lado, Mauro lembra que, por causa da estiagem, é necessário que a população faça a parte dela e economize água, para evitar que o problema se agrave.
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