Quem vê em jogo o gigante zagueiro do Tigre, Nirley, não imagina o quanto ele é de pouca fala e tímido nos corredores do Estádio Heriberto Hülse. O atleta, que sempre foi reserva, já provou, em duas oportunidades, que sua força, técnica e determinação são importantes em situações decisivas.

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– Se o técnico optou por mim é porque confiou – disse bem ao seu estilo.

Nirley chegou ao Tigre desconhecido, indicado por um empresário. Aos poucos mostrou que estava ali à disposição. E por duas vezes neste Campeonato Catarinense substituiu o capitão Rogélio.

A primeira, na final do turno, quando teve uma atuação que surpreendeu a equipe e a torcida. E a segunda no domingo passado, onde novamente fez dupla com Toninho para conter os ataques de bolas aéreas da Chapecoense, novamente se mostrou indispensável. Deixou claro que gosta de decisões. No próximo embate, no Oeste, sabe que a pressão vai se repetir e a responsabilidade aumentar.

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– O pensamento é um só, fazer gols e não tomar. Junto a isso ter atenção nas jogadas aéreas. O jogo será melhor para a gente porque eles vêm para cima – projeta o zagueiro de poucas palavras.

Nesta segunda-feira, o técnico Edson Gaúcho promoveu um treino para os atletas que não participaram da partida deste domingo e os que atuaram apenas no segundo tempo. Tranquilo, pisou no gramado calado, concentrado. Quando questionado por tanta seriedade em uma tarde em que o torcedor ainda festejava o uma zero, foi direto:

– Estou feliz, sim, mas pensando no próximo domingo, estou imaginando a organização da equipe – agora, sim, com um sorriso no rosto.

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