Santa Catarina me surpreende. Aqui, conheço pessoas e empresas pujantes por todos os lados. A efervescência e a intensidade estão na indústria, nos serviços e no varejo, produzindo alta performance.

Continua depois da publicidade

Uma mão de obra competente tem no destemor e na ousadia elementos centrais da sua pujança. Com sua vocação em fazer qualidade, reinventa-se com muito sucesso, não se deixa abater e se supera ao construir novos setores competitivos.

Existe uma inteligência intrínseca, que entrega produtos, serviços e comércio com uma modelagem de negócios moderna e inovadora. Os demais Estados tentam, mas aqui é a maior aposta de um futuro muito melhor.

A oportunidade que tenho de conviver nos Estados do Sul, por trabalhar em operações também no Paraná e no Rio Grande do Sul, permite-me ter uma leitura muito pontual. Recentemente, desenvolvemos estudo para duas empresas da Ásia, uma chinesa e outra coreana. Uma questão que me chamou muito a atenção foi a importância da imagem do país de origem e a preferência de compra dos produtos oriundos de regiões tão próximas, mas, ao mesmo tempo, tão distantes em relação à imagem, ao significado e à qualidade.

A marca Coreia é mais bem construída do que a marca China. Enquanto uma é associada à alta tecnologia, a outra é a produtos de baixa complexidade. Com mais atenção, percebemos que o chinês era o maior do mundo no seu segmento, enquanto o coreano, apesar de grande, estava muito distante dos titãs do setor.

Continua depois da publicidade

Trago esta comparação porque percebo a necessidade de uma maior agregação de valor à imagem de Santa Catarina. É como se tivesse ocorrido um desencontro entre o salto que teve, fruto de um governo realizador, que soube atrair grandes conglomerados, somado ao crescimento e destemor das empresas catarinenses, versus a imagem de marca que ficou.

Santa Catarina é maior do que sua imagem, assim como seus produtos são muito mais inovadores e competentes de como são percebidos.