A cidade de Baependi (MG) espera receber mais que o dobro da sua população (18 mil habitantes) no dia 4 de maio para a missa que vai beatificar sua filha mais ilustre. Francisca de Paula de Jesus, conhecida como Nhá Chica,nasceu em Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, distrito de São João del Rey (MG) no ano de 1810. Morreu 85 anos depois em Baependi, onde passou mais de oito décadas.

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Neta de escravos e filha de uma ex-escrava, dedicou toda sua vida à caridade por influência de sua mãe. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, Nhá Chica conseguiu construir uma igreja com as esmolas que recebia. Relatos da época dão conta de poderes premonitórios, curas e até encaminhamento de noivados e casamentos. Pobre e analfabeta, somente lamentava não poder ter lido a Bíblia, de onde decorava citações.

Quando morreu seu corpo ficou exposto por quatro dias sem apresentar sinais de decomposição. O bispo da Diocese de Campanha, Dom Diamantino Prata de Carvalho, escreveu que do corpo de Nhá Chica não vinha mau-cheiro, apenas um suave perfume de rosas.

O milagre reconhecido pelo vaticano como ‘inexplicável pela ciência” aconteceu com a professora Ana Lúcia Meireles Leite. Ela tinha um defeito no coração, mas não conseguiu fazer uma cirurgia que era necessária para recuperá-la, pois teve febre alta. Passado a situação, novos exames foram feitos onde se detectou que o problema havia desaparecido.

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