Se o fã de futebol analisar o confronto desta noite – o de número 1000 da história da Seleção e que terminou no início da madrugada desta quinta, no Brasil – pelo ranking da Fifa, o 1 a 1 com a Colômbia, nos Estados Unidos, pode ser conceituado como justo.
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Décimo segundo na mais recente lista, o Brasil bem que tentou, foi melhor, teve mais volume de jogo, mas não conseguiu derrotar o adversário, nono na mesma lista.
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A bola ainda bateu na mão do goleiro brasileiro, na trave e entrou: 1 a 0.
Aos 45min10seg, o fim de uma primeira etapa oposta ao frio do outono norte-americano, com movimentação, oportunidades de gol, trocas de passes bonitas e precisas e marcação dura – até mesmo com a omissão do árbitro em deixar o jogo correr em excesso, abstendo-se de marcar faltas claras para ambos os lados.
Segundo tempo
Não poderia ser diferente. O Brasil precisava reagir. Um minuto e dois segundos depois da saída, reagiu. Em jogada de Kaká, pelo meio, Neymar foi assistido e já dentro da área dominou e bateu de perna esquerda para uma defesa sensacional de Ospina, no chão, mostrando elasticidade e reflexo. Devido ao lance, o goleiro sentiu dores e teve de ser atendido.
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Com Valencia ainda mais aberto pelo lado direito, a fim de cobrir as investidas de Kaká e Thiago Neves, pela ponta, e liberar o avanço de Cuadrado, a Colômbia se posicionou para partir nos contra-ataques. Não conseguiu encaixar nenhum, mas neutralizou o Brasil até os 16 minutos, quando Neymar arrancou pela esquerda, puxou para o meio e bateu firme. Ospina caiu para defender.
Aos 18, o empate. Com um golaço de Neymar. Frio, paciente e categórico, o atacante do Santos recebeu lançamento de Paulinho na ponta esquerda. Com a genialidade dos craques, ele dominou no peito e arrancou. Entrou na área, puxou a marcação para a linha de fundo, cortou Mosquera e, antes que a cobertura de Valencia se aproximasse, bateu de maneira precisa, no canto esquerdo de Ospina: 1 a 1.
Dois minutos depois, a Colômbia assustou. O cruzamento de Rodríguez fez com que Falcao se adiantasse a Thiago Silva e cabeceasse para firme defesa de um bem colocado Diego Alves. Aos 23, em novo cruzamento, desta vez da direita, Rodríguez estava na área para cabecear para outra defesa firme do goleiro brasileiro. Aos 27, outra bola por cima. Após falta cobrada da direita, Falcao García cabeceou por cima.
Em busca da virada, a Seleção teve boa oportunidade aos 30, um minuto depois de Oscar driblar e sofrer falta na entrada da grande área. Neymar chutou para fora.
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Mais consistente no meio, o Brasil ganhava as divididas e partia com força rumo à vitória. Tanto que a chance veio: aos 34 minutos, Daniel Alves foi lançado por Lucas e sofreu pênalti em entrada por trás. Neymar, inexplicavelmente, isolou a bola como se lançasse a esfera para um companheiro, bem atrás do gol, segurá-la para confirmar um touchdown (o ponto do futebol americano).
Pode não ter sido uma atuação brilhante, mas o Brasil mostrou consistência. Exibiu, também, força para reagir ante um adversário que tem qualidade e, bem treinado, tem tudo para se classificar à próxima Copa – a Colômbia está em terceiro nas Eliminatórias, atrás de Argentina e Equador.
Se 2011 foi ruim e longe do que se espera de um time tão tradicional quanto a Seleção, 2012 não termina de maneira satisfatória, mas denota um esboço claro do que devemos ter daqui a dois anos. Treinos tendem a gerar entrosamento a um meio-campo sólido, que abastece um ataque talentoso. Na defesa, um melhor posicionamento e mais atenção serão essenciais a zagueiros e laterais que sabem jogar.
AMISTOSO – 14/11/2012 – Nova Jersey, EUA
BRASIL – 1
Diego Alves; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Leandro Castán (Fábio Santos, 34’/2ºT); Paulinho, Ramires, Oscar (Giuliano, 42’/2Tº), Kaká e Thiago Neves (Lucas, 27’/2ºT); Neymar. Técnico: Mano Menezes.
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COLÔMBIA – 1
Ospina; Cuadrado, Mosquera, Yepes e Armero; Sánchez, Valencia, Torres (Ramírez, 39’/2ºT) e Rodríguez; Martínez (Gutiérrez, 39’/2ºT) e Falcao García. Técnico: José Pékerman.
Gols: Cuadrado (Colômbia, 43’/1ºT); Neymar (18’/2ºT).
Cartões amarelos: Leandro Castán, Ramires (Brasil); Yepes, Armero (Colômbia).
Cartões vermelhos: –
Local: Estádio MetLife, em Nova Jersey, nos Estados Unidos.