Ney Franco demonstrou irritação na coletiva depois do empate por 0 a 0 entre São Paulo e LDU de Loja (EQU), na quarta-feira, pela Copa Sul-Americana. Não pelo empate e futebol ruim, mas por uma atitude de Rogério Ceni durante a partida.
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Durante boa parte do segundo tempo, o goleiro ficou gesticulando para o banco de reservas pedindo uma alteração na equipe. Ney Franco demorou para mexer no time, e o capitão foi mais incisivo. Ele foi até a intermediária e fez mais gestos para o técnico, que, pouco depois, saiu da área técnica e esbravejou contra o ídolo do clube.
Quando questionado se Ceni havia sugerido alguma alteração, Ney Franco foi curto na resposta:
– Foi um pedido com nome. Ele pediu o Cícero. Eu optei pelo Willian José. Foi só o que aconteceu.
Acostumado a dar respostas longas, o treinador são-paulino falou o mínimo para tratar desse assunto. Na sequência, o comandante foi perguntado se aprovava palpites dos jogadores na escalação.
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– Não aprovo. Acho que é cada um na sua. Cada um fazendo a sua função. Se eu achasse que deveria ser o Cícero, eu colocaria – disse.
No vestiário, depois da partida, eles não falaram sobre o tema:
– Eu vou conversar com o grupo todo amanhã (quinta-feira), a gente sempre tem esse tipo de conversa nas reapresentações e, com certeza, esse é um tema que a gente vai tocar.
Há 22 anos no São Paulo, Rogério Ceni tem o costume de conversar com os treinadores e sugerir alterações durante o jogo. Na saída do gramado, ele não foi questionado sobre o assunto e também não passou pelo saguão de imprensa.