O céu em Santa Catarina segue encoberto na manhã desta segunda-feira (19). O Estado é atingido por dois fenômenos: um “corredor” de fumaça vindo da Amazônia e do Centro-Oeste do Brasil, e o nevoeiro marítimo, comum nesta época do ano em regiões costeiras.
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Segundo a meteorologista da Epagri, Gilsânia Cruz, a fumaça segue cobrindo quase todo o Estado nesta segunda. No Litoral, porém, o fenômeno predominante é o nevoeiro marítimo.
A diferença entre os dois fenômenos é que o nevoeiro ocorre em camadas mais baixas da atmosfera, em áreas próximas ao mar. Já a fumaça se caracteriza por partículas de poluição em camadas mais altas, que deixam a visão do horizonte turva e o sol avermelhado.
— É como se houvesse uma cortina de poluição tapando o céu. Isso fica muito claro no pôr do sol, quando o céu fica em um tom mais avermelhado — explica a meteorologista.
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Até quando vai a fumaça e o nevoeiro?
A fumaça atinge Santa Catarina e outros estados da região Sul desde a semana passada. Ela ocorre após a Floresta Amazônica enfrentar o maior número de queimadas no mês de julho desde 2005. De acordo com dados do Sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre os dias 1º e 31 de julho, foram registrados 11.145 focos de queimadas na região.
As queimadas são comuns nesta época do ano. Atualmente, o Norte e Centro-Oeste do país estão com tempo seco, o que favorece a combustão de plantas e pastagens. Também há queimadas ocorrendo em Santa Catarina, segundo a Epagri, para limpeza e preparo do solo antes do plantio.
A fumaça deve seguir cobrindo Santa Catarina enquanto houver ventos com direção Nordeste e Noroeste, que “empurram” o fenômeno para o Sul do país. Nesta segunda, o vento mudará para a direção Sul e, na quarta-feira (21), voltará a ser de Noroeste e Nordeste, conforme previsão da Epagri.
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Já o nevoeiro marítimo é comum em áreas litorâneas nesta época do ano. Ele ocorre quando há contato entre uma massa de ar quente com a superfície fria do mar, o que faz com que o ar condense.
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— O nevoeiro marítimo nada mais é que uma nuvem que se forma perto da superfície do mar — explica a meteorologista.
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