O 30º Batalhão de Polícia Militar, de Xanxerê, no Oeste catarinense, recebeu recentemente um reforço especial para o seu canil. Vindo do Mato Grosso do Sul (MS), o pastor holandês, Thor, de pouco mais de dois meses de vida, é neto do cão policial que leva o mesmo nome e por nove anos atuou em ocorrências, acumulando reconhecimentos e certificações.
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O cãozinho foi doado pelo Corpo de Bombeiros Militar sul-mato-grossense como forma de agradecimento pelo envio da mãe dele, a cadela Laika, filha do Thor (avô) há alguns anos. Assim como o pai, ela também apresentou excelente desempenho em suas funções e ainda contribuiu com seis filhotes que serão empregados na ajuda às forças de segurança do MS, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
Em Xanxerê, o responsável pelo treinamento do filhote, é o sargento da Polícia Militar, Edemar da Silva, adestrador e responsável pelo canil setorial local. Ele também treinou o Thor avô, já aposentado dos serviços policiais e ainda sob os cuidados do sargento.
— A chegada desse cão para nós é, acima de tudo, uma honra e motivo de bastante satisfação, para a gente ver o resultado da integração entre as forças; no caso, a Polícia Militar e o Bombeiro Militar, interestadual. Aquilo que a gente plantou há anos atrás, hoje está colhendo de volta — disse o sargento Edemar.
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Treinamento inicia cedo
O Thor (neto) já está sendo treinado para passar por provas de certificação nos próximos 18 meses. Ele deve, assim como o avô, executar diversas modalidades de policiamento, desde a busca de pessoas em situações de resgate ou captura, até a detecção de substâncias, armas e drogas. Os cães da PM também são empregados no trabalho de patrulhamento, intervenção e varreduras em presídios.
Segundo o sargento, Thor ainda está na primeira fase do treinamento, que compreende a ambientação e socialização do cão com os mais diversos ambientes em que ele pode ser empregado, diversidade de pessoas e outros animais. Depois, gradativamente, são empregados os treinamentos específicos.
— É um cão extremamente sociável, muito inteligente e de uma agilidade fora do normal. São os predicados que um bom cão de segurança precisa, e a raça pastor holandês se encaixa nessas características: agilidade, muita força física e uma inteligência acima da média — comenta o policial e adestrador.
O canil de Xanxerê já conta com dois cães, o Apolo e o Luke. E, em breve, Thor deve compor a equipe e seguir os mesmos passos do avô.
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— O trabalho dos cães dentro, não só da Polícia militar, mas eu diria da segurança pública, é de fundamental importância. Os cães complementam o trabalho de uma forma gigantesca, dando principalmente mais agilidade e celeridade. E hoje a gente sabe que o material humano dentro das forças de segurança, não só em Santa Catarina, não só em Xanxerê, mas no Brasil inteiro, é um problema, né? Há uma escassez, uma falta de efetivo em todas as forças de segurança e o cão, em diversas modalidades de policiamento, faz com que esse número baixo de policiais seja equilibrado, porque um cão, em determinadas modalidades de policiamento, faz o trabalho de cinco, dez, ou 15 policiais. Então eu diria que hoje o trabalho dos cães dentro das forças de segurança é essencial, é primordial. Não tem como a gente não contar com esses policiais de quatro patas nos nossos efetivos — pondera o sargento Edemar.
Thor avô
O Thor, avô do novo membro da PM de Xanxerê, está com 11 anos, aos nove ele se aposentou, depois de um longo período de trabalho prestado à Polícia Militar de Santa Catarina e de diversas ocorrências atendidas. Hoje, ele vive com o sargento Edemar, em sua casa, e pode brincar com o neto recém-chegado.
O Thor foi o primeiro cão do Brasil a receber a certificação internacional Mantrailing nível 2, em 2017, apresentando desempenho avançado em todas as modalidades de trabalho a que é empregado um cão policial. Atualmente, ele ainda desempenha o trabalho de Intervenção Assistida com Cães.
Veja fotos de Thor, o novo cão policial de Xanxerê
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