O neto de 7 anos do ex-presidente Lula morreu nesta sexta-feira (1º) vítima de meningite meningocócica. Arthur Araújo Lula da Silva deu entrada às 7h20 desta sexta no Hospital Bartira, da rede D'Or, em Santo André, no ABC Paulista, com quadro instável, segundo boletim médico divulgado pela instituição. O quadro se agravou e, às 12h11, Arthur morreu.
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Os advogados do ex-presidente Lula entraram com um pedido para que ele compareça ao velório e ao enterro do neto. Os pais da criança são Marlene Araujo Lula da Silva e Sandro Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente e da ex-primeira-dama Marisa Letícia.
A família pretende fazer o velório e o enterro na tarde do sábado (2) para que haja tempo do ex-presidente se deslocar até São Paulo. Arthur chegou a visitar o avô por duas vezes na sede da Polícia Federal, no ano passado.
A morte de Arthur ocorre um mês depois da morte de outro familiar do ex-presidente. Genival Inácio da Silva, de 79 anos, o Vavá, morreu no último dia 29 de janeiro, em São Paulo. A defesa de Lula havia pedido autorização à Justiça para que o ex-presidente pudesse comparecer ao velório.
O ministro Dias Toffoli, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a ida quando o cortejo já deixava a capela onde o corpo foi velado, e Lula não deixou a cela em Curitiba.
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Meningite pode ser fulminante
Em geral, a meningite é caracterizada pela inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A doença pode ser causada por vários agentes, como vírus e bactérias. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, vômitos, náuseas, rigidez de nuca e manchas vermelhas na pele.
Segundo Celso Granato, professor de infectologia da Unifesp, a doença é fulminante. O risco de morte é de 10% a 20%.
A doença pode ser prevenida com vacinas. Na rede pública, as vacinas protegem contra as meningites causadas pelo hemófilo B, por pneumococo e pelo meningococo C.