O ex-presidente Nestor Lodetti entregou a carta de renúncia ao comitê de transição. Essa era uma vontade dele desde que não conseguiu mais ajudar na conciliação da administração do clube com a Alliance Sports, empresa parceira do clube. Pressionado pela família, torcedores e oposição, Lodetti não suportou e renunciou ao cargo máximo do Figueirense. Sem ele, o vice-presidente Odorico Durieux assume o comando do clube.

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O Diário Catarinense conversou com Lodetti, que, apesar de deixar a presidência do clube, seguirá na torcida pelo Figueirense.

Diário Catarinense – Por que o senhor renunciou a presidência do Figueirense?

Nestor Lodetti – Eu pedi afastamento definitivo, uma coisa que tinha programado já. Eu tinha que cuidar das minhas coisas pessoais. E no Figueirense já dei minha contribuição na área administrativa. Agora, eu espero que o presidente Durieux, que é uma pessoas da mais alta respeitabilidade, siga no comando com sua competência e que ele seja um ponto de equilíbrio entre a administração e a parceira (Alliance).

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DC – O senhor não teme sair com a imagem arranha do clube?

Lodetti – As coisas no futebol são assim. No estadual não fomos campeões. No futebol tudo é resultado, você vê o exemplo do Palmeiras. Eu sai porque eu fiz todas as tentativas possíveis para tranquilizar as relações no clube com os parceiros. E não consegui. Chegou um momento que eu não consegui resultado. Agora é o momento dar uma chance para outro tentar e o Durieux está preparado para isso.

DC – Agora o senhor vai apenas torcer pelo Figueirense?

Lodetti – Evidente. Agora vou para a arquibancada torcer e não vou perder nenhum jogo. Não vou deixar de ser torcedor do Figueirense por causa disso. A minha família estava me cobrando muito. E chegou um momento que eu esgotei. Mas, saio de cabeça erguida. Eu tentei ser um conciliador, mas não consegui principalmente com as parcerias.

DC – Qual a mensagem que você deixa ao torcedor?

Lodetti – Eu gostaria de dizer ao torcedor que tem que continuar apoiando. Porque se o torcedor abandonar o time não vamos ter condição de sair dessa situação. Eu continuo no Alvinegro, mas agora serei apenas conselheiro. E de longe estou desejando a união das forças alvinegras.

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