Com 73 votos entre os 81 senadores, Davi Alcolumbre (União-AP) assumiu a presidência do Senado na tarde deste sábado (1°). Durante o seu discurso de sete páginas, ele usou termos como “pacificação”, “consenso”, “Casa de iguais” e disse que nem sempre agradará a todos. Com informações do g1.
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— É nesse contexto que o Congresso Nacional deverá ser porta-voz do sentimento dos brasileiros que nos colocaram aqui. Pensar e agir no sentido de facilitar a vida do cidadão, dando mais oportunidades, mais liberdades, mais sonhos. Por vezes, isso nos exigirá um posicionamento corajoso perante o governo, o Judiciário, a mídia ou o mercado. Nem sempre agradaremos a todos — disse.
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Alcolumbre também defendeu um posicionamento “corajoso” do Senado frente aos outros poderes e à sociedade, além de informar que “continua igual” e que não está em busca de protagonismo individual.
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— Eu quero ser um catalisador do desejo deste plenário e ajudar a construir consensos que forem necessários para melhorar a vida da população brasileira.
O presidente comparou o resultado com a votação que recebeu na primeira eleição para presidir o Senado, 42 votos, em 2019, com os 73 votos recebidos neste sábado.
— Isso representa claramente o amplo respaldo político que este plenário está conferindo ao projeto coletivo que nós construímos juntos. Esse amplo apoio, mesmo em um contexto com várias candidaturas, demonstra que o Senado Federal está unido e sabe a direção na qual pretende caminhar. […] Quero reafirmar que nesta presidência seremos uma Casa de iguais, onde cada senadora e cada senador terá voz e espaço, independentemente da sua ideologia ou orientação política.
Os senadores Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE), que também estavam na disputa, receberam quatro votos ambos.
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Quem é Davi Alcolumbre
Davi Alcolumbre tem 47 anos e nasceu em Macapá (AP). Começou a cursar Ciências Econômicas, mas não concluiu o curso. O primeiro cargo público ocupado por ele foi como vereador de Macapá, em 2001. Ele foi eleito para a função pelo PDT. Dois anos depois, foi eleito deputado federal, função que ocupou por três mandatos seguidos.
Em 2014, foi eleito pela primeira vez para o Senado. Concorreu ao governo do Amapá em 2018, mas terminou em terceiro lugar, com 23,75% dos votos.
No ano seguinte, foi eleito presidente do Senado. Alcolumbre chegou a ocupar a presidência da República interinamente em outubro de 2019, durante viagens do então presidente Jair Bolsonaro, do vice Hamilton Mourão e do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Foi reeleito para o segundo mandato como senador nas eleições de 2022.
Para voltar à presidência, Alcolumbre fechou acordos com senadores aliados ao governo Lula (PT) e também junto aos partidos com ligação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A intenção é que o parlamentar consiga manter uma rede de apoio para a recondução ao cargo após as eleições gerais de 2026.
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