O técnico do Taiti, Eddy Etaeta, consegue resumir com uma rápida frase o estado de espírito da sua equipe semiamadora que disputa a Copa das Confederações:
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– É melhor ser o pequeno entre os grandes do que o grande entre os pequenos – afirmou na entrevista coletiva na sala de conferências da Arena Pernambuco na noite de sábado.
A seleção do Taiti enfrenta o Uruguai neste domingo, às 16h, em Recife, pelo Grupo B. No mesmo horário, jogam Espanha e Nigéria, em Fortaleza.
Os taitianos são humildes: claros no propósito de usar o torneio da Fifa como experiências. Eles são tranquilos: falam com todos, diferentemente das estrelas das outras sete seleções da competição. Eles são bondosos: costumam entregar ingressos dos seus jogos para torcedores que encontram na porta dos hotéis e nas ruas.
O Taiti é um time diferente. É o mais simpático e acessível entre as oito seleções que rodam seis Estados do Brasil no evento teste para a Copa do Mundo de 2014.
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No jogo deste domingo, o Taiti deve ser goleado outra vez, sem dó nem piedade pelo Campeão da América de 2012. Eles sabem.
Mas não vão bater, abusar das jogadas violentas, como muito atleta conhecido e com nome mundial fariam. Os jogadores e o técnico da Oceania destacam os valores do fair play, que a Fifa tanto preserva, mas que nem todas as equipes seguem antes, durante e depois das partidas, sejam em amistosas ou valendo um título.
Ao citar o fair play, o técnico lembrou-se do jeito de ser do povo da pequena e distante ilha da Polinésia Francesa.
-Somos o único país do mundo em que recebemos as pessoas com um colar de flores.
As chances de vitória contra o Uruguai são mínimas, talvez nenhuma. Mas o capitão do Taiti, Nicolas Vallar, é obrigado a ter esperanças, a passar mensagens de confiança aos companheiros.
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– Vamos tentar ganhar do Uruguai, mesmo sabendo que isso dificilmente ocorrerá. Vamos reforçar nossa defesa – disse sexta-feira à noite na porta do hotel da Praia de Boa Viagem, endereço da delegação estrangeira na capital pernambucana.