Santa Catarina tem forte tradição em empresas familiares e, apesar de não haver dados precisos, o Estado segue as estatísticas nacionais. Do total de empresas catarinenses, estima-se que 75% são controladas por famílias. Porém, destas, segundo o IBGE, apenas 30% chegam à segunda geração, enquanto 5% atingem a terceira. São várias as questões que levam a este resultado pífio: uma delas é a desconfiança que as empresas catarinenses, em especial as de cunho familiar, têm em se profissionalizar e em buscar sócios estratégicos para o negócio, por investimentos internacionais.

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Existe uma extensa procura de empresas e investidores do exterior interessados em investir no Estado, como também gestoras de fundos private equity, entretanto ainda há resistência dos empresários. Por definição, no mundo dos grandes negócios, o sócio estratégico pode ser um concorrente internacional de porte maior que enxerga a empresa como um nicho ou aumento de share naquele local. Mas pela falta de cultura em fusões e/ou aquisições, SC perde oportunidades.

O Estado é um celeiro de diversos segmentos da indústria, grande plataforma para grandes projetos, desde greenfields, joint-ventures até fusões e aquisições. Se bem planejada, uma aquisição por uma empresa estrangeira pode garantir resultados extremamente positivos, alavancando negócios e trazendo novas tecnologias. Santa Catarina tem o sexto maior PIB da sétima economia mundial, onde as riquezas naturais e o mercado doméstico superdesenvolvido tornam possíveis as aquisições estrangeiras. É um dos poucos países a oferecer uma base de investimento capaz de garantir lucros reais e sustentáveis aos investidores. Desta forma, é preciso que os empresários enxerguem que a visão de mercado e as estratégias internacionais são fundamentais para a economia e sucesso de uma empresa.