A ex-ministra israelense das Relações Exteriores Tzipi Livni vai ocupar a pasta da Justiça, e também ficar encarregada das negociações de paz com palestinos no futuro governo de Netanyahu. Esse é o primeiro acordo para formar a coalizão da nova administração.

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Livni, dirigente de um partido centrista, será a ministra da justiça e “negociadora com palestinos com o intuito de chegar a um entendimento que ponha fim ao conflito”, explicou o comunicado.

Binyamin Netanyahu lançou oficialmente no início do mês os acordos com partidos políticos para formar a nova coalizão governamental após as eleições legislativas de 22 de janeiro.

A chegada de Livni ao governo era esperada e o fato dela ser encarregada do processo de paz não é surpresa, já que a antiga chefe da diplomacia baseou sua campanha eleitoral na retomada de um diálogo com os territórios palestinos.

Para recomeçar as negociações de paz, suspensas desde setembro de 2010,o presidente palestino Mahmoud Abbas pede o fim da colonização judaica e o reconhecimento das fronteiras existentes antes da guerra de 1967 como base de discussão.

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Rara personalidade feminina na linha de frente da política israelense, Livni, 54 anos, chefiou a diplomacia israelense de 2006 a 2009. Ela foi alvo de constantes comparações com Golda Meir, chamada de dama de ferro, primeira-ministra de Israel de 1969 a 1974. Tzipi foi apontada como uma das responsáveis pela decadência do partido Kadima, que chegou a ser o maior do parlamento em 2009. No entanto, ela deixou a sigla ao perder a liderança e fundou o Hatnuah, que tem seis cadeiras no Parlamento.