A reabertura do Parque Botânico Morro do Baú, fechado há cinco anos e meio, avança para mais um capítulo. Depois de negada pela Justiça a compra da área pela Pequena Central Hidrelétrica (PCH) de Passos Maia, o empreendimento está novamente em negociação, desta vez entre a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e o Herbário Barbosa Rodrigues, ONG com sede em Itajaí dedicada a pesquisas e responsável pela unidade de conservação.

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Segundo o gerente de Desenvolvimento Ambiental da Foz do Itajaí (sucursal da Fatma), Arno Gesser Filho, até o mês que vem as discussões apontarão o valor a ser pago pela área e quais empresas instaladas na região irão contribuir na compra através de compensação ambiental.

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Concluída a negociação, a Fatma firmará um termo de cooperação técnica com a prefeitura, repassando ao município a responsabilidade pelo parque. O secretário de Turismo de Ilhota, Altamir dos Santos, calcula que o valor da compra do terreno ficará em torno de R$ 1 milhão.

O diretor científico e curador do herbário, Ademir Reis, confirma as negociações e diz que elas vêm se desenrolando há cerca de dois anos, mas que ficaram prejudicadas com mudanças no comando da Fatma. Reis prefere não falar sobre valores.

Assim que o convênio entre a Fatma e o município for firmado, o prefeito Daniel Christian Bosi baixará um decreto para transformação da área em parque natural, já que por enquanto ela é propriedade privada. A depender da vontade do município, os estudos para a obra serão custeados com recursos de compensação ambiental proveniente da duplicação da BR-470. Para isso, uma comitiva se reuniu com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, no dia 14 em Brasília e discutiu a possibilidade.

A ministra disse, de acordo com o secretário de Turismo, que iria encaminhar o protocolo de intenções ao Ibama, a quem cabe analisar a questão. Segundo ele, o grupo saiu de lá também com a promessa do deputado federal Décio Lima de repassar cerca de R$ 1 milhão ao parque com recursos de emenda parlamentar em 2015.

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Entre as primeiras medidas a serem tomadas para a criação do parque natural, fechado por conta de deslizamentos da tragédia climática de novembro de 2008, está a revitalização do camping e da área onde antes havia a recepção aos turistas. Será contratada uma empresa para fazer os estudos na região, e com base nessas informações começa a elaboração do plano de manejo.

– É como um plano diretor que vai dizer o que pode e o que não pode ser feito no parque – explica Gesser Filho.

Por enquanto, não há prazos para a reabertura do local.