Neco Padaratz salva a pátria no WCT na Austrália

O catarinense Neco Padaratz conquistou a única vitória brasileira na terceira rodada do Quiksilver Pro, na etapa de abertura do World Championship Tour (WCT), realizado na Gold Coast australiana neste domingo, dia 9.

Neco venceu uma disputa emocionante por pouco mais de meio ponto com o norte-americano Damien Hobgood. O catarinense largou na frente com uma nota 9 em sua segunda onda e Damien começou com uma nota 7,83, assumindo a ponta na metade da bateria com uma nota 6,67.

Neco retomou a dianteira logo em seguida, mas faltando três minutos para o fim, o norte-americano recebeu um 8,13 em uma ótima direita e abriu 6,96 pontos sobre Neco.

A virada parecia impossível, mas veio no último minuto, quando o brasileiro arrancou uma nota 7,57 dos juizes para sacramentar a vitória por 16,57 a 15,96 pontos.

– É sempre muito difícil ganhar do Damien ou do seu irmão C.J. Eles são surfistas perfeitos que quase não cometem erros. Estou tentando provar que me recuperei dos problemas que tive no ano passado e as coisas estão bem melhores agora – disse Neco, que venceu as duas provas que disputou neste ano, o Hang Loose Pro Contest em Fernando de Noronha (PE) e a Taça Trópico Free Surf em Torres (RS).

Agora, Neco vai enfrentar o australiano Luke Egan nas oitavas-de-final, adversário que derrotou nas duas etapas do WCT em que foi finalista em 2002, na França e Espanha.

Os outros dois brasileiros que ainda estavam na competição não tiveram qualquer chance contra os seus adversários.

O baiano Armando Daltro pegou o atual campeão da prova, o australiano Joel Parkinson, que garantiu a vitória com notas 8,83 e 9,57 em suas segunda e terceira ondas. Daltro ainda tirou uma nota 8,17, mas continuou precisando de mais de 10 pontos para reverter o resultado, que terminou em 18,40 x 14,17 pontos.

Já a disputa entre paranaense Peterson Rosa e o irmão gêmeo de Damien, o campeão mundial do WCT 2001 C. J. Hobgood, foi decidido nos minutos finais, quando o americano conseguiu achar as duas melhores ondas da bateria para tirar notas 8,0 e 9,77 seguidas.

O placar foi de 17,77 x 10,83 pontos, com Peterson terminando o Quiksilver Pro empatado com Armando Daltro e Paulo Moura (PE) na 17ª colocação.

Cada um recebeu US$ 4 mil de prêmio e marcou 480 pontos no primeiro ranking mundial de 2003.