O prazo de realização do Op Pro Hawaii termina nesta quarta, dia 22, depois de seis adiamentos consecutivos era preciso ser iniciado no sábado, apesar das condições do mar em Haleiwa ainda não serem boas. As primeiras fases foram disputadas em séries demoradas variando de meio a 1 metro de altura em frente ao Alli Beach Park. O Brasil estreou nos dois primeiros confrontos da segunda fase, com o catarinense Neco Padaratz sendo eliminado no primeiro e o paulista Heitor Pereira conquistando a primeira classificação verde-amarela na disputa seguinte.

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Com isso, apenas dois brasileiros competiram no sábado, pois o paulista Hizunomê Bettero, que também estava escalado inicialmente na segunda fase, ganhou uma vaga de pré-classificado para estrear na terceira rodada, junto com mais treze brasileiros. Com o segundo lugar conquistado na segunda participação verde-amarela deste ano no Op Pro Hawaii, o paulista Heitor Pereira aumentou para quinze o número de representantes do Brasil nessa terceira fase.

Quem não esperava sair tão cedo da competição era o catarinense Neco Padaratz. Ele defendia a 13.a colocação no ranking do WQS e está na briga direta pelas últimas vagas na lista dos 15 surfistas que vão disputar o WCT no ano que vem, mas não teve uma boa escolha de ondas na bateria que inaugurou a segunda fase do Op Pro Hawaii. Ao contrário, o jovem havaiano Randall Paulson já começou muito bem com uma nota 7,33 e o australiano Adam Melling arrancou nota 7,83 em sua segunda apresentação. A maior do brasileiro foi um 5 na primeira onda e Neco acabou eliminado junto com o veterano bad boy havaiano John Boy Gomes.

Agora, os únicos que podem confirmar seus nomes definitivamente na lista dos 15 que o WQS vai indicar para completar a elite mundial do WCT são o carioca Leonardo Neves e o gaúcho Rodrigo Dornelles, pois o cabo-friense Victor Ribas, que também está bem próximo da barreira dos 9.000 pontos no ranking que garantem vaga nesta relação, preferiu não disputar o Op Pro Hawaii. O bicampeão brasileiro Léo Neves chega a 9.015 pontos se alcançar as quartas-de-final nesta primeira prova da Tríplice Coroa Havaiana, enquanto Dornelles só atinge o objetivo se for um dos quatro finalistas da penúltima etapa da divisão de acesso para o WCT 2007.

Outros brasileiros podem ingressar neste grupo com um bom resultado em Haleiwa, mas terão que repetir a dose em Sunset Beach, que vai sediar a grande final do WQS 2006 a partir do dia 24. O cearense Heitor Alves é quem está mais perto da zona de classificação, que está seguindo até o 17.o colocado, Kai Otton. Ele está escalado na sétima bateria da terceira fase que deve ser realizada neste domingo no Havaí e vai precisar chegar nas semifinais do Op Pro Hawaii para ultrapassar os 8.015 pontos que o australiano já têm computados. Na mesma situação estão o alagoano Marcondes Rocha e o paranaense Jihad Kohdr, que ocupam a 24.a e 26.a posições, respectivamente, no ranking atual do WQS.

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