A navegação na Lagoa da Conceição volta ao normal nesta quarta-feira (22), segundo a Prefeitura de Florianópolis e a Secretaria de Transportes e Infraestrutura. A proibição do tráfego pelo canal provisório em meio às obras de construção da nova ponte — entre a Lagoa de Baixo e a Lagoa do Meio — durou 16 dias.
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Desde o dia 6 de maio, a transferência de local do equipamento de cravação das estacas metálicas vem sendo realizada no local. Além disso, o estaqueamento da fundação do sexto dos nove pilares previstos para a sustentação da travessia, o P6, já foi iniciado.
No início de junho, deve ocorrer a primeira concretagem da estrutura da pista da nova ponte da Lagoa da Conceição, no trecho entre o P1 e o P4.
As obras da nova ponte da Lagoa da Conceição têm ainda outras duas frentes de trabalho: a montagem do madeiramento do escoramento provisório da estrutura da pista e a preparação para a concretagem do P4, o quarto pilar – sendo que o P1, na verdade, fica no mesmo nível da cabeceira da ponte do lado do Centrinho.
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Desde abril do ano passado, foram feitos dois aterros em rocha que devem abrigar as cabeceiras da ponte, tanto do lado do Centrinho, perto de onde será a rótula do sistema viário de acesso à futura travessia, quanto do lado oposto da lagoa, próximo da Avenida das Rendeiras.
Nos primeiros dez dias de abril deste ano, a estrutura do novo terminal lacustre está sendo executada no entorno da nova ponte. É de lá que saem embarcações do Centrinho para a Costa da Lagoa e vice-versa.
A edificação acontece sobre aterro em rocha de área total de 850 metros quadrados, que é executado nos mesmos moldes dos anteriores, feitos para receber as cabeceiras da nova ponte. Além disso, foi feito o estaqueamento de concreto referente à base do trapiche do novo terminal.
A revitalização do entorno da ponte em construção começou com a desmontagem do deck do atracadouro público próximo ao terminal lacustre atual, localizado no Centrinho, à esquerda da cabeceira da ponte existente, sentido Avenida das Rendeiras.
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O atual terminal continua em funcionamento, já que será desativado somente quando o novo estiver pronto, o que está previsto para acontecer até julho.
Mais sobre a nova ponte e o entorno
A construção da maior travessia do interior da Ilha de Santa Catarina deve melhorar a oxigenação entre a Lagoa da Conceição e a Lagoa Pequena, no Campeche.
A distância entre a lâmina d’água da Lagoa da Conceição e a ponte a ser edificada será três vezes maior, se comparada à ponte existente. Atualmente, na máxima maré, a altura é de 1,80 metro, e passará a ser de seis metros. Além disso, o espaço para a passagem de embarcações sob a ponte, que hoje é de nove metros, será de 30 metros.
De acordo com o projeto executivo, a nova ponte da Lagoa da Conceição ficará à direita da ponte atual. Ela terá estrutura de concreto armado com guarda corpos e formato curvo, além de 214 metros de extensão e 17 metros de largura, com duas faixas de rolamento de 3,5 metros de largura.
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Ela contará também com dois passeios, nas laterais de cada faixa, com 2,5 metros de largura e uma ciclovia bidirecional (com duas faixas em sentidos contrários) de 2,80 metros de largura, favorecendo pedestres e ciclistas. A geometria da ponte dará condições de conectar a ciclovia das Rendeiras com a ciclovia e a ciclofaixa que devem ligar com o terminal da Lagoa (Tilag).
Já o novo terminal lacustre está sendo construído a cerca de 40 metros de distância do atual, também no sentido da Avenida das Rendeiras. Ele será composto de área para espera das embarcações coberta com bancos de madeira, sanitários com acessibilidade e bicicletários, além de controle de acesso e zeladoria.
Após a demolição da atual ponte da Lagoa da Conceição, os aterros das duas cabeceiras antigas ganharão uma infraestrutura de lazer com áreas de contemplação, playground, academia de ginástica e praças públicas.
As obras contam com as devidas licenças ambientais provisória (LAP) e de instalação (LAI), concedidas pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), bem como as autorizações da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e da Capitania dos Portos. Elas estão sendo executadas pela empresa Cejen Engenharia Ltda. pelo prazo de dois anos. O investimento é da ordem de R$ 53 milhões.
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*Sob supervisão de Andréa da Luz
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