DC – E quando Belarmino ficou sozinho, o que ele fez para sobreviver?

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Catarina – Ele contou que não parou de mexer os braços, sempre nadando contra a correnteza. Disse tentou subir em uns pedaços de madeira do barco, mas eram muito finos e afundavam. Aí tentou se agarrar na caixa de isopor que levaram, mas ela quebrou. Falou que o que mais pensava era em não parar de se mexer, não sentir sede ou fome. Ás vezes parava por conta de câimbra nas pernas.

DC – Como foi o salvamento?

Catarina – Por volta das 6h da manhã, ele disse que passou a ficar com medo de não suportar o frio. Foi aí que avistou um barco. Pegou o apito do colete, mas ele não funcionava, aí disse que gritou tudo o que podia até que ele se aproximou e jogou uma boia, cobriram ele e deram café bem quente. Mas só foi tomar água às 13h, acho que ficou com a ideia fixa de não sentir sede.

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DC – Ele já tinha passado por uma experiência semelhante e pensa em voltar a pescar?

Catarina – Não, sempre pescou à noite e nunca ocorreu nada. Depois desta, disse que não quer mais voltar ao alto mar, tem pesadelos e ainda está muito abalado.