A Praia do Pinho, em Balneário Camboriú, é alvo de um projeto de lei que busca proibir o nudismo no local. A Federação Brasileira de Naturismo (FBRN) se manifestou sobre o assunto nesta terça-feira (26). A presidente da entidade, Paula Silveira, classificou a situação como “preconceito e retrocesso”.
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“[A mudança] significaria um retrocesso e demonstraria preconceito para com os naturistas. A justificativa do vereador se baseia na insegurança do local. Segurança pública não é competência do cidadão, é competência do poder público”, defendeu Paula.
O projeto de lei foi protocolado pelo vereador Anderson dos Santos (Podemos) em 15 de julho. Para justificar a ação, o parlamentar diz que a praia se transformou em um espaço para uso de drogas.
Segundo o vereador, há “notícias de orgias, pequenos roubos e furtos e muitos danos ao meio ambiente com poluição de resíduos e impactos negativos na vegetação natural”. Ele diz que passou quase um ano colhendo estas notícias e conversando com a comunidade até chegar a conclusão que a vontade da maioria seria proibir o naturismo no local.
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O vereador entende que a praia poderia ser explorada de outras formas, como a certificação internacional de qualidade de praias, o Bandeira Azul.
A Associação Amigos da Praia do Pinho definiu um Código de Ética para fiscalizar as atitudes dos frequentadores. Paula Silveira reforça que o código elenca como falta grave comportamentos sexualmente ostensivo, além de práticas de caráter sexual nas áreas públicas e o uso de drogas ilegais.
Para ela, o causador das situações que têm acontecido na praia não é o naturismo, e sim a falta de segurança e ação dos órgãos públicos.
A Polícia Militar da cidade foi questionada pelo g1 SC, e informou, na quinta-feira (21), que nenhuma ocorrência envolvendo crimes sexuais foi registrada nos últimos 12 meses na Praia do Pinho. No período, apenas seis ocorrências foram atendidas no local. Elas envolvem posse de droga, furto, dano e injúria.
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