Ano passado, a banda brasiliense Natiruts gravou um CD e um DVD ao vivo no Rio de Janeiro que foi um marco na carreira de 16 anos do grupo e também na cena regueira do Brasil. Natiruts Acústico, gravado no Mirante Dona Marta, muitos dizem, é uma carta de amor à música – ao reggae e à MPB. O disco combina a essência e o suingue do reggae roots com brasilidade, característica bem definida na identidade musical da banda.

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Agora, o grupo está rodando o Brasil apresentando o repertório do álbum, que vai do pop de músicas como Groove Bom ao encontro do acordeão com Andei Só e Pedras Escondidas. Novos arranjos em canções consagradas e também recentes, como Supernova. Em Florianópolis o Natiruts se apresenta hoje, no Devassa on Stage, com abertura dos catarinenses Dazaranha e Iriê. Em entrevista do DC por e-mail, o cantor e compositor Alexandre Carlo, vocalista e guitarrista da banda, falou sobre a cena reggae e a música do Natiruts.

Aqui em Florianópolis a cena reggae é forte, porém num circuito alternativo. Como percebe o reggae no Brasil?

Uma das principais características do reggae é justamente ter um público fiel ao estilo. Isso facilita bastante o caminho das bandas que estão começando.

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As letras das canções do Natiruts têm teor político ou social marcante. Que papel vocês acham que a música e as artes em geral têm no contexto social e político brasileiro?

Tem um papel principalmente informativo. Qualquer país socialmente desenvolvido tem a cultura como uma de suas prioridades.

No site da banda algumas letras de canções estão transcritas também para o espanhol e o inglês. Vocês têm público fora do Brasil? Onde?

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Sim. Visitamos mais de 15 países nos últimos dois anos. Em Portugal a canção Sorri Sou Rei chegou a ser a mais tocada em determinados períodos do ano passado.

Como foi e é o processo de formação da identidade musical do Natiruts, que tem influência não só do reggae mas também de MPB?

Eu sempre achei que nos discos mais atuais a brasilidade ficou mais presente. No Acústico, por causa da sonoridade do violão, que é a marca da música brasileira, essa característica ficou muito latente.

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O DVD gravado ao vivo no Rio foi um marco, recebeu críticas positivas e caiu no gosto do público. Como foi a concepção desse show?

Temos que agradecer a cidade do Rio de Janeiro, que sempre viu nas nossas canções temas relevantes para realidade carioca. Isso culminou em diversos shows e hits nas rádios e possibilitou essa oportunidade de gravar o DVD num lugar incrível. Tivemos uma mobilização na cidade. Dos principais produtores e empresários até o povo nas ruas, todo mundo abraçou a ideia. Sem isso não seria possível realizarmos o projeto.

Conhecem bandas de Florianópolis? Costumam fazer intercâmbios com bandas das cidades por onde excursionam?

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Coincidentemente as que mais conhecemos são Dazaranha e Iriê, bandas que irão fazer a festa junto com a gente.

:: Agende-se

O quê: show Acústico Natiruts

Quando: hoje, a partir das 21h

Onde: Devassa on Stage (Rod. Maurício Sirotsky Sobrinho, 2.500, Jurerê, Florianópolis)

Quanto: R$ 40 (pista, 1º lote), R$ 70 (pista VIP, 1º lote), R$ 90 (camarote, 1º lote)

Informações: (48) 3282-1669