Uma nicaraguense de 25 anos que contraiu o vírus zika aos quatro meses de gestação, de acordo com suspeitas médicas, deu à luz nesta sexta-feira um bebê com microcefalia, no primeiro caso registrado no país desde que a doença apareceu, há oito meses, informou o governo.

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“A menina nasceu com baixo peso, menos de 1,8 kg, com microcefalia confirmada”, precisou a porta-voz do governo, a primeira-dama Rosário Murillo, a meios de comunicação oficiais.

A mãe informou aos médicos que no quarto mês de gestação teve sintomas associados ao vírus, como febre e erupções cutâneas, mas que na clínica particular em que foi atendida não fizeram os testes para detectar o zika.

No início deste mês, quando a mulher chegou a um hospital público para realizar uma ultrassonografia, os médicos descobriram que o bebê tinha microcefalia, uma malformação congênita que faz com que os bebês nasçam com a cabeça anormalmente pequena e que prejudica o desenvolvimento cerebral.

Cerca de 1.600 nicaraguenses foram diagnosticados neste ano com zika, entre eles 799 mulheres grávidas, das quais, até agora, 104 tiveram bebês sem qualquer problema.

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O zika é transmitido pelo mosquito Aedesaegypti, o mesmo que provoca a dengue e o chikungunya, causando febre, dores musculares e nas articulações, mal-estar e dor de cabeça.

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