Presidente interino desde a quinta-feira, Michel Temer afirmou à revista Época, em sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo, que pretende colocar “o país nos trilhos”. Ele afirmou que está habituado a sofrer pressão e enfrentar situações difíceis e que vai trabalhar de “domingo a domingo” para atender as expectativas da população.

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— Quero, com a ajuda de todos, botar o país nos trilhos nesses dois anos e sete meses — disse. — Não vou fazer milagres em dois anos — admitiu.

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Temer também disse que pretende ser reconhecido pelo trabalho feito quando deixar o governo:

— Quero que, ao deixar a Presidência, olhem para mim e digam ao menos: “Esse sujeito arrumou o país”.

Entre as suas alternativas para “arrumar o país”, o presidente interino disse confiar plenamente no novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e sua equipe. Temer afirmou que eles terão “autonomia para fazer os ajustes necessários e transmitir a confiança que perdemos”. Outro objetivo de Temer é melhorar a relação entre Planalto e Congresso, mantendo “o respeito pelas ideias diferentes”.

Na entrevista, Temer reafirmou a necessidade de um novo pacto federativo para equilibrar as relações entre União, Estados e municípios.

— A partir da próxima semana, formaremos uma comissão que encontre soluções para recompor o pacto federativo, para que tenhamos uma verdadeira federação — informou.

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O presidente interino também destacou que pretende “mudar a cultura política do país” e que é preciso “resgatar o valor” da Constituição, que é um “livro sagrado” para a democracia. Temer afirmou ainda que a equipe está unida por um “sentido de urgência”.

— Disposição não faltará, minha e da equipe. Hoje mesmo, percebi em todos uma vontade, uma gana de fazer imensa. Nada ficará para segunda-feira. Tudo o que se discutia começa imediatamente, agora. Estão todos imbuídos do mesmo sentido de urgência que eu.

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