O ex-BBB Nego Di, investigado por estelionato e preso desde o dia 14 de julho, aparece em uma gravação falando em “estornos estratégicos” para “acabar com manifestação e incômodos”. Para a polícia, na fala, ele estaria se referindo à insatisfação de clientes que não teriam recebido os itens comprados na loja virtual Tá Di Zueira.

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O áudio foi obtido pelo g1 e, na gravação, o humorista diz: “Preciso fazer uns estornos estratégicos, tá? Porque acho que não é novidade pra ninguém, eu não vou conseguir ressarcir todas as pessoas, né? Preciso fazer uns estornos estratégicos, assim, a fim de acabar com manifestação e incômodos”.

Justiça nega pedido e Nego Di segue preso pela terceira semana

Nego Di foi preso em Jurerê Internacional, em Florianópolis, há cerca de três semanas. Ele é investigado há cerca de dois anos por suspeita de ter vendido produtos eletrônicos e eletrodomésticos na loja online e não entregá-los. O áudio faz parte desta investigação, a qual ele foi indiciado.

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Segundo o g1, na gravação, o influencer ainda pede uma lista com clientes que se fossem ressarcidos dariam “uma boa amenizada”. Ainda não se sabe para quem ele teria enviado a mensagem.

Em nota enviada ao g1, a defesa de Nego Di citou que seu cliente iniciou o ressarcimento das pessoas que compraram na loja “em que ele prestou serviço de divulgação” e que a intenção foi, de fato, “amenizar a situação, após uma série de perseguições, sendo que havia facilidade de localização, por se tratar de uma pessoa pública.”

A investigação

Nego Di é investigado há cerca de dois anos por suspeita de ter vendido produtos eletrônicos e eletrodomésticos na loja online Tá Di Zueira e não entregá-los. De acordo com informações da GZH, em 2022, o humorista prestou depoimento à polícia e alegou ter sido vítima de estelionato praticado pelo então sócio, Anderson Bonetti, que, segundo a versão dele, seria o verdadeiro proprietário da loja. Di informou ter sido contratado apenas para fazer propaganda da loja.

Bonetti foi detido uma semana após a prisão do ex-BBB. Ele estava escondido em um hotel de Bombinhas quando foi abordado. A investigação apurou que Anderson Boneti era o mentor do estelionato.

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Nego Di e Bonetti são suspeitos de lesarem mais de 370 pessoas em vendas pela loja online no período de março a julho de 2022. Conforme a investigação, usuários relataram que adquiriram produtos diversos – televisores, celulares, eletrodomésticos – pela página virtual, mas não receberam os itens e, tampouco, obtiveram a devolução dos valores pagos.

Veja o que foi apreendido durante a operação contra Nego Di

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