A Notícia – Qual é o alcance do sindicato na região?
Silvio de Souza – Temos 18 mil trabalhadores em 300 empresas. As maiores são Tigre, Amanco, Britânia, Durín e Víqua.
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AN – Qual é o maior desafio em 2016?
Souza – A pauta de negociação salarial e a campanha unificada dos sindicatos a favor de ganho real são prioritárias. Redução da jornada sem diminuir o salário, aumento do adicional da hora extra e saúde e segurança do trabalho também.
AN – Além de aspectos financeiros, o que demanda o sindicato?
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Souza – Creches para os filhos dos empregados das empresas são problema sério. A luta também passa pela unificação de ganhos em cláusulas sociais. A data-base é abril.
AN – O ano de 2016 será complicado?
Souza – Não vejo 2016 como um ano terrível. Lembro que 40 empresas comunicaram férias coletivas de final de ano 2015-2016. A produção industrial do setor plástico caiu 7,7% no ano passado, apontam os dados nacionais. O cenário não é para ficarmos assustados quando comparamos a situação com outros setores. O que há, sim, é precaução. Porque a crise é mais política.
AN – E o número de desempregados?
Souza – Em 2015, foram desligados 3.962 trabalhadores. O mês mais dramático foi julho, com 664 dispensas. E outros 1.070 trabalhadores pediram para ser demitidos ao longo do ano. Os meses predominantes foram janeiro a março. No ano de 2014, a indústria plástica desligou 3.371 pessoas, e outras 1.762 pediram para sair.
AN – Como o sindicato ajuda?
Souza – Treinamento e qualificação do trabalhador é essencial. Não adianta dar uma Ferrari para quem só sabe dirigir um Fusca. Há parceria com o Senai para isso.
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AN – Mas o desemprego é grave.
Souza – O que foi feito, foi feito. Da parte das indústrias, sempre haverá desculpas para negociar os menores salários possíveis.
AN – De quem é a culpa pela crise?
Souza – Os maiores culpados são os bancos, que cobram juros excessivos. Aí, acaba “sobrando” para os trabalhadores.
‘Se repetirmos 2015, já será muito bom’, ressalta Rolf Decker, presidente do Sinditherme
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