Mesmo com a perspectiva de manifestações contra a Copa do Mundo, a Fifa não admite publicamente reduzir a exposição de seus dirigentes e marca no Brasil durante o Mundial. Segundo Ralf Mutschke, diretor de segurança da entidade,a entidade considera que os protestos se referem a problemas internos no país, e não à Copa.

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– Não estamos vindo com menos gente, não estamos escondendo a nossa marca, não nos sentimos como um alvo dos manifestantes. Estamos orgulhosos de estarmos aqui – afirmou Mutschke.

O alemão, ex-diretor da Interpol, ficou quase esquecido pelos repórteres na entrevista coletiva sobre segurança que se seguiu aos debates da manhã no Costão do Santinho. O foco das perguntas era no general Jamil Megid Junior, coordenador do Ministério da Defesa para Grandes Eventos, e no secretário de Segurança de Grandes Eventos do governo Federal, Andrei Rodrigues. Eles foram questionados especialmente sobre as garantias de segurança em relação às manifestações na Copa, e garantiram que o assunto está encaminhado.

– Tivemos uma experiência positiva na Copa das Confederações. A preocupação é coibir a violência nas manifestações, e não os protestos em si – afirmou Rodrigues.

O general Megid reconheceu que há um plano de contingência pronto para que as Forças Armadas desçam às ruas para ajudar no policiamento, caso seja um pedido dos Estados.

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– É preciso haver o reconhecimento do Estado de que falta recursos e a autorização da Presidência. Mas estaremos prontos – afirmou.

Cerca de R$ 1,8 bilhão serão investidos em segurança na Copa.