Após 10 dias viajando com a filha Lara e de volta à Capital, Cesar Souza Junior (PSD) confirmou, ontem, o nome de Gustavo Miroski como o coordenador da equipe de transição. Caberá a ele a interlocução com a atual gestão. Na agenda de Cesar também estão conversas com os prefeitos eleitos da região, com pessoas mapeadas para o secretariado municipal e com os vereadores da base sobre a polêmica votação de zoneamento na Câmara da Capital Confira a entrevista ao Diário Catarinense, feita por telefone.

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Diário Catarinense – Qual sua prioridade nos próximos dias?

Cesar Souza Junior – Tenho algumas decisões tomadas. O coordenador da transição será o Gustavo Miroski, que trabalha comigo há muitos anos. A partir desta semana, também vou procurar todos os prefeitos eleitos da Grande Florianópolis para a gente marcar uma reunião. A ideia é que a gente saia deste encontro com uma agenda daquilo que a gente tem que trabalhar em conjunto a partir de 2013.

DC – Como seria a atuação?

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Cesar – As grandes fontes de financiamento nacional e internacional estão muito disponíveis para regiões metropolitanas que consigam se articular. Temos uma única grande cidade dividida politicamente, mas totalmente conurbada. Quero construir desde agora essa interação e proximidade com os demais prefeitos, inclusive propondo uma estrutura permanente com servidores cedidos por cada uma das prefeituras, que trabalhe em conjunto estudando soluções e formulando projetos para a busca de recursos.

DC – Que dados o senhor pretende pedir à atual gestão?

Cesar – Minha preocupação em relação à transição é dar continuidade aos serviços públicos. Principalmente porque assumo em um período em que a cidade está com o dobro de sua população.

DC – Além dos prefeitos eleitos, com quem mais o senhor pretende conversar nesta semana?

Cesar – Vou conversar com as pessoas mapeadas para o secretariado e formular alguns convites. Não vou divulgar nenhum nome sem ter previamente conversado com as pessoas. É o momento de formar uma grande equipe. Também quero iniciar as conversas com os outros partidos, mas sem loteamento de cargos. Isso não vai haver.

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DC – Geralmente quando se tem um grande número de partidos na base de apoio, sempre há pressões na formação do colegiado. Como o senhor pretende trabalhar com os aliados?

Cesar – Respeitando os partidos, a figura do vereador, como uma interlocução muito importante com as comunidades. Mas não me elegi para fazer mais do mesmo. Precisamos ter uma administração moderna, eficiente, com pessoas que tenham comprometimento e conhecimento do tema que vão tratar.

DC – E quais serão os critérios para formação do secretariado?

Cesar – O primeiro critério é o conhecimento e intimidade com a área em que vai atuar. Não vou fazer política por política no secretariado. Não significa que não possamos ter filiados a partidos políticos, eventualmente até com mandato, mas com comprometimento e capacidade de fazer transformações.

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DC – O senhor pode chamar vereadores para o colegiado?

Cesar – Desde que em áreas em que haja intimidade com o tema. Esse é o critério principal. Mas ainda não está definido se vamos chamar vereadores.

DC – No período da sua viagem, foram aprovados projetos de alteração de zoneamento. Qual sua avaliação sobre o episódio?

Cesar – Fui surpreendido. Não esperava essa votação, principalmente na minha ausência. Sou totalmente contrário a alterações pontuais do zoneamento enquanto não haja um Plano Diretor. Quero me inteirar melhor do que foi aprovado para ver que posições tomarei.

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DC – Incomoda o fato de vereadores da sua base de apoio terem votado a favor da mudança?

Cesar – Não me deixa confortável, de forma nenhuma. É um tema que vou tratar essa semana.