A coordenadora-geral do Sindicato único dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Blumenau (Sintraseb) Sueli Adriano, também falou sobre a greve dos servidores municipais, que completa 32 dias neste sábado:

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>>Veja o que disse o prefeito Napoleão Bernardes sobre a greve

Jornal de Santa Catarina – As perdas reivindicadas são de 17 anos, mas o estudo foi entregue ao governo em abril. Um mês depois começou a greve. Havia motivo?

Sueli Adriano – Mas nós já entregamos no ano passado, todos os anos a gente entrega (o estudo), desde o governo João Paulo Kleinübing.

Santa – Achas correto desobedecer decisões judiciais?

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Sueli – Não estamos desobedecendo, estamos baseados na Lei de Greve. O grande equívoco do desembargador, ao nosso ver, é que ele pede na primeira decisão para retomar na totalidade os serviços. Se voltasse não tinha greve. Esses trabalhadores não têm direito a greve?

Santa – O fato dos líderes do sindicato serem do PT influencia na greve?

Sueli – Não, ninguém começou a greve por conta disso, em hipótese alguma. Estamos fazendo o movimento para buscar o direito da classe trabalhadora. Por mais que queiram que seja assim, mas não é.

Santa – O que o sindicato pode fazer para acabar com a greve?

Sueli – Fizemos quarta-feira, entregamos mais uma proposta, e essa é para sair da greve.

Santa – O que a senhora diria para quem está sem atendimento há um mês?

Sueli – É lamentável chegar nesse ponto, mas o movimento sindical tentou não chegar. Fizemos toda uma conversa com o governo Napoleão em 18 meses, seguramos essa greve ano passado, entendíamos que deveríamos esperar o governo analisar as contas do município, mas não deu pra segurar mais.