Pela primeira vez em 34 anos, as regiões Sudeste, Sul e parte do Centro-Oeste do Brasil não têm horário de verão. Se não tivesse sido revogado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), o sistema deveria ter começado no fim de semana passado.

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A decisão divide opiniões. Em Florianópolis, comerciantes lamentam a mudança, temendo queda nas vendas. Quem gosta de aproveitar o sol nos fins de tarde na praia também não gostou da medida.

Para o aposentado Hubert Beck Júnior, 75 anos, no entanto, a rotina fica melhor sem horário de verão.

Ouça a reportagem:

— Quando eu trabalhava era bom. Agora que estou aposentado, não gosto mais do horário de verão. A gente acordava muito cedo. Eu faço fisioterapia, faço hidroginástica às 7h da manhã. Então, eu acordava às 4h30 da manhã, era muito cedo. Não dá — declarou.

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Hubert Beck está satisfeito com verão sem mudança de horário
Hubert Beck está satisfeito com verão sem mudança de horário (Foto: Juliana Gomes/CBN Diário)

O horário de verão favorecia o consumo, na avaliação da Albertina Rocha, 62, que é proprietária de um restaurante no Centro da Capital.

— Eu amo o horário de verão, porque, como comerciante me traz mais movimento para o meu restaurante. O povo fica mais tempo nas ruas. O dia se estende. Não ter horário de verão vai impactar nas vendas, porque o povo não fica tanto tempo nas ruas — afirmou.

Renato dos Santos, 53, tem uma cachaçaria no Mercado Público e teme que sem o horário de verão, o público vá embora mais cedo.

— Comercialmente é um prejuízo grande, porque o pessoal geralmente vem tomar cerveja, tá de dia, ele não olha pro relógio. Se for 9h da noite, ele só vai se tocar, quando escurecer. Agora, se às 7h está escuro, o pessoal vai achar tarde e começa a ir embora — opinou.

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Carolina prefere verão sem horário novo
Carolina prefere verão sem horário novo (Foto: Juliana Gomes/CBN Diário)

A jornalista Carolina de Assis, 40, festejou o fato de este ano não ter sido adotado o horário de verão.

— Eu nunca gostei de horário de verão, sempre foi difícil e não só no primeiro dia, eu nunca acostumei. Eu ficava três ou quatro meses me sentindo mal, com o sono trocado. Como eu entro muito cedo para trabalhar, às 4h da manhã, pra mim é melhor não ter horário de verão — afirmou.

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