A prefeitura de Chapecó vai reunir nesta terça-feira (28) de manhã o comitê de crise do coronavírus para decidir se a cidade vai adotar novas medidas mais restritivas contra a pandemia. Um fim de semana marcado por ocorrências de desrespeito ao distanciamento social e o crescimento do número de casos na cidade forçaram o prefeito Luciano Buligon (DEM) a aumentar o tom em um pronunciamento nesta segunda (27).
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A região de Chapecó entrou em situação de risco gravíssimo para o coronavírus na última sexta-feira (24), o que a incluiu no novo decreto do governo estadual, que suspendeu por 14 dias o transporte coletivo nas regiões Oeste e Meio Oeste. Conforme os números da Secretaria de Estado da Saúde, Chapecó tem nesta segunda 3,4 mil casos confirmados de covid-19 e 14 mortes confirmadas. O que mais preocupa, no entanto, é o índice de ocupação dos leitos de UTI na cidade, que atingiu 68% – a maior taxa desde o início da pandemia.
– Não adianta o prefeito correr atrás de hospitais, de medicamentos, se não tomarmos consciência pública, cívica e coletiva. Por mais que tenhamos um número maior de leitos, que consigamos ampliar a nossa capacidade, não vamos dar conta se você não tomar uma atitude e nos ajudar – desabafou Buligon em apelo aos moradores.
Conforme a prefeitura de Chapecó, a Guarda Municipal fez 75 atendimentos no último fim de semana com foco em aglomerações em ruas e bares. Pelo menos 22 pessoas foram autuadas e cinco proprietários de estabelecimentos foram notificados por descumprimento das regras sanitárias.
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Atualmente os serviços que não são considerados essenciais podem funcionar em Chapecó, mas com horários reduzidos. Bares e restaurantes podem abrir até as 22h, por exemplo. As medidas, no entanto, não estão surtindo o efeito desejado pelo poder público e ações mais rigorosas podem ser definidas na reunião desta terça.
– Há um flagrante de descumprimentos que tem trazido muito trabalho para a Polícia Militar, Vigilância Sanitária, Guarda Municipal e Defesa Civil. Precisamos fazer um pacto de que estamos vivendo o pior momento, com maior número de infectados, maior ocupação de leitos. Nós caminhamos para um período ainda mais crítico, pois estamos no meio do inverno. Não tenho como botar um policial do lado de cada pessoa – disse o prefeito.
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