Em entrevista ao Diário Catarinense, o presidente do Setuf, Waldir Gomes, destaca que a classe tem um dos melhores salários do país e que a intenção do sindicato dos patrões não é reduzir 100% dos cobradores, mas sim 50%. E que embora isso não estivesse descrito no edital, está exposto em um plano de negócios.

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Leia a entrevista abaixo:

Diário Catarinense – Em relação a outros lugares, há ganhos expressivos pelo Sintraturb ou não?

Waldir Gomes – Posso assegurar que antes da convenção ser firmada em Porto Alegre, Curitiba e São Paulo, o maior salário já era aqui. Já vem há uns quatro, cinco anos. Em Porto Alegre, após 17 dias de paralisação, fizeram negociação de 12% e foram para R$ 2 mil e pouco (motorista), passando os R$ 1.705 daqui. E lá a jornada é uma hora a mais.

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DC – Em quanto reduziu a jornada de trabalho da categoria em Florianópolis?

Gomes – Foi de sete horas e 20 minutos para seis horas e 20 minutos. É uma conquista fantástica. Quem consegue isso?

DC – O número de cobradores vem diminuindo?

Gomes – Não. Temos um número que está centrado nas linhas que fazem cobranças em viagens intermediárias. Temos 750 a 800 em Florianópolis. Depois que implantamos na região central a área pré-paga, o cobrador não tem nada para fazer.

DC – O problema agora é mesmo o cobrador?

Gomes – Sim. Nossa intenção não é tirar 100%. É tirar 50%, porque o próprio edital já previa isso. Não está escrito lá, mas está escrito um plano de negócio. Ele determina qual o fator de utilização que a prefeitura fez, sugere e diz um valor. Se você pôr mais, é por sua conta. Não estamos pagando a conta porque o consórcio vai começar a funcionar em novembro.

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DC – As empresas não recuam sobre os cobradores?

Gomes – Não temos como recuar. Senão vamos tirar do bolso para pagar e isso significa R$ 850 mil ao mês.

DC – E o vale-alimentação nestes últimos anos?

Gomes – Hoje está R$ 460. Propomos R$ 500, eles querem R$ 520. A partir das correções, o salário-hora, se não ficar o maior do país, vai ser o segundo.

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