Vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão afirmou que o caso envolvendo as movimentações financeiras atípicas do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz não é assunto do governo Bolsonaro. A declaração foi dada à agência de notícias Reuters neste domingo (20).

Continua depois da publicidade

— É preciso dizer que o caso Flávio Bolsonaro não tem nada a ver com o governo — disse Mourão sobre o filho do presidente, acrescentando que é preciso aguardar o andamento dos fatos e investigações antes de se tirar conclusões.

Conforme informações divulgadas pelo jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Queiroz movimentou um volume de dinheiro substancialmente maior do que o que veio a público em dezembro. Os arquivos do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) registram transações no valor total de R$ 7 milhões nas contas de Queiroz entre os anos de 2014 e 2017. Até então, o valor que havia sido tornado público era de R$ 1,2 milhão, movimentado atipicamente entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Nos dois exercícios imediatamente anteriores (entre 2014 e 2016), passaram pela conta corrente do motorista R$ 5,8 milhões — média de R$ 2,9 por ano.

As investigações sobre o caso estão suspensas desde quinta-feira passada (17), por decisão do ministro do STF Luiz Fux, após pedido de Flávio Bolsonaro.

Continua depois da publicidade

No sábado (19), foi tornada pública a informação de que Flávio fez um pagamento de R$ 1.016.839 em um título bancário da Caixa Econômica Federal sem identificar o favorecido, conforme o Jornal Nacional. O título também não tem data nem detalhes do pagamento.