Subir a montanha, em especial o Monte Crista, é uma espécie de tradição no feriado de Páscoa na região de Joinville. Em média, 900 pessoas lotam as escadarias para chegar ao topo do Monte Crista neste período e, por isso, o Grupo de Resgate em Montanha (GRM), costuma fazer plantão no local no feriado. 

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Nesta Páscoa, no entanto, o GRM alertou que não haverá plantão e pede que as pessoas não subam o Monte Crista nem outras montanhas como o Pico do Jurapê, o Castelo dos Bugres ou a Serra do Quiriri.

O alerta ocorre por causa da pandemia do coronavírus, que está em seu pico na região. O GRM publicou dois motivos para que os montanhistas e aventureiros não se arrisquem na serra neste feriadão:

1. O montanhismo é uma atividade que pressupõe riscos e um acidente neste momento sobrecarregará ainda mais nosso sitema de saúde, além do que, estar em um hospital já é correr risco de infecção.

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2. O topo de uma montanha é, no imaginário coletivo, um lugar isolado, longe de aglomerações e do barulho das cidades. Mas, infelizmente, aos fins de semanas e feriados algumas montanhas de nossa região recebem mais de 900 pessoas, confinadas em espaços limitados e em alguns pontos, perigosos.

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Além disso, o grupo publicou como estava a taxa de ocupação no sistema de saúde de Joinville nesta semana. Em 30 de março, a taxa de ocupação de UTI adulto no SUS estava em 94% e de enfermaria adulto, em 83% nos hospitais públicos. 

Subir o Monte Crista, mesmo quando há muita gente lá em cima, é arriscado porque há chances de queda e outros tipo de acidente. Muitos grupos também se perdem nas trilhas — no Monte Crista, a caminhada leva de seis a oito horas — fazendo com que serviços de resgate e ambulâncias tenham que ser acionados.