“Não sou herói”, diz Rafinha, o novo reforço do Metropolitano

Após ajudar o Flamengo a conquistar o título da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2011, o meia-atacante Rafael Lima Pereira, o Rafinha, pintou no time profissional dois anos mais tarde. A forma surpreendente como surgiu no time comandado por Dorival Júnior, à época, alçou o garoto de 19 anos ao posto de xodó da maior torcida do Brasil.

Os belos gols marcados no Campeonato Carioca de 2013, um deles na vitória por 4 a 2 sobre o Vasco no clássico contra o maior rival (o primeiro de Rafinha como profissional), rendeu ao maranhense de Porto Franco uma homenagem. Procure pelas palavras “Funk”, “Rafinha” e “Flamengo” no Google e você vai ver a música de MC Kafu. E mais. A ascensão meteórica levou a direção flamenguista a agir para frear o assédio sobre a nova joia: contrato renovado até fevereiro de 2018 e multa rescisória de 50 milhões de euros para clubes internacionais que quiserem levá-lo antes do fim do vínculo com o Fla, segundo informações do portal Globoesporte.com.

A projeção esperada não se confirmou e o garoto passou a trocar a Gávea por outros clubes nos últimos antes, sempre por empréstimo. Bahia, Atlético-GO e Daejeon Citizen, da Coreia do Sul, foram os últimos destinos. Aos 22 anos, o canhoto habilidoso e velocista de 1,64m é uma das apostas do Metropolitano para o Campeonato Catarinense. Rafinha foi apresentado oficialmente pelo Metropolitano na segunda-feira, mas só deve ter a documentação regularizada a partir de amanhã, quando será aberta a janela de transferências internacionais na CBF. Por isso, dificilmente deve estar em campo na estreia do time contra o Camboriú domingo, no Estádio João Marcatto, em Jaraguá do Sul.

Sondado por outros clubes, o meia-atacante topou a proposta de disputar o Catarinense com a camisa do Verdão. Garante que nada do que aconteceu na sua carreira até agora mexe com ele. Pelo contrário.

– Futebol é assim. Meu negócio é focar em campo e jogar – pondera.

Rafinha chega ao clube com discurso tomado por humildade e determinação, de quem vê no novo clube uma nova oportunidade de voltar a brilhar. E rechaça de bate-pronto o rótulo de protagonista:

– Não sou herói. O Metropolitano abriu as portas para mim e vou procurar ajudar. O torcedor vai ver em campo um Rafinha determinado, que vai dar o melhor de si.

Polivalente, o novo reforço diz que está à disposição do técnico Valdir Espinosa para cumprir a função que lhe for determinada:

– Na ponta, no meio, lá na frente… onde me escalar, eu jogo – conclui.