Apesar de elogiar a conduta de Renan Calheiros na presidência, o senador Pedro Taques (PDT-MT) afirmou que não basta afirmar, como fez Renan, que esta será a última vez que o Senado votará em prazo tão curto uma medida provisória que esgotou praticamente todo o seu tempo de tramitação na Câmara dos Deputados.

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– Não podemos permitir que este último ato ocorra, porque não somos como crianças que cometem um erro e dizem à mãe que será a última vez – argumentou Taques, lembrando que no ano passado José Sarney, quando presidia o Senado, afirmou algo semelhante a Renan quando se votava outra MP.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) concordou com a postura de Renan, mas também lembrou e elogiou a decisão de Garibaldi Alves, quando era presidente do Senado, de devolver uma MP ao governo.

Assim como Ana Amélia e Pedro Taques, o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) criticou a forma como o Executivo vem tratando o Legislativo, principalmente no que se refere às medidas provisórias, e disse que o Senado não pode continuar atuando como “carimbador do que a Câmara faz”.

Taques declarou que é preciso restaurar as funções do Congresso Nacional, e especialmente do Senado, para que “os senadores não sejam apenas batedores de carimbo”.

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– Precisamos, sim, modernizar os portos do país, mas não podemos, com esse argumento, votar algo que não conhecemos – protestou Taques, ressaltando que os senadores não tiveram tempo de ler o texto aprovado na Câmara na manhã de hoje.

Ao mostrar o texto em suas mãos, Ana Amélia perguntou:

– Quem pode traduzir e ler esse calhamaço que chegou agora nas nossas mãos?”