A “cultura do machão” criou conceitos e estereótipos de que são e como devem ser os homens. Não podem dispensar mulher nenhuma e devem ser sempre viris. Controlar a família e a esposa são características valorizadas no machão, que enxerga a mulher como sua propriedade. Haja vista que para assegurar filhos legítimos, os maridos aprisionavam suas esposas em casa e restringiam a vida social delas.
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O ideal masculino ainda é perseguido pela maioria dos homens. Para se alcançar este ideal de superioridade, baseiam-se no controle e na manipulação, impedindo a argumentação do outro. Este é o “machão”, que se impõe de maneira violenta para que a companheira tenha medo e, assim, se submeta a este controle.
A violência física é consequência da violência emocional, que começa com um olhar de desprezo, intimidações e coerções. Esse tipo de homem procura se manter, baseando-se em conceitos de “machão”, ao mesmo tempo em que procura se manter através de conceitos patriarcais e de uma violência contra a mulher que só denuncia fragilidade, confusão e covardia. Esta mentalidade equivocada começa a declinar e revela uma severa crise ideológica.
Diante de todas estas exigências e cobranças da sociedade, os homens hoje dão sinais evidentes de cansaço e insatisfação em manter este papel do machão, libertando-se cada vez mais. Esta máscara foi usada durante tanto tempo que fez com que os homens esquecessem quem de fato são.
Possuem necessidades assim como as mulheres e como tal são sensíveis, frágeis, amorosos e podem demonstrar seus sentimentos sem nenhum constrangimento. Este é o homem de verdade e que dispensa aspas. Ele não se coloca igual à mulher, porque, de fato, seu lugar sempre foi ao lado dela. Respeita e reconhece o espaço feminino.
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O homem de verdade dá e recebe, sem precisar se impor. Não precisa usar a violência e se vale do diálogo, buscando o vínculo. Não é onipotente, tampouco autossuficiente. Está disposto a ensinar, mas, principalmente, a aprender com a mulher. Não precisa concorrer ou disputar com outros homens a caverna com suas claves.
A propósito, o homem não quer ficar na caverna e busca constantemente discutir e se reposicionar na sociedade, desmistificando a cultura ditatorial do “machão”. Então, sejamos homens e não machos.