O vice-presidente e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, defendeu nesta sexta-feira a liberdade de imprensa como linha direta de comunicação com a sociedade. Destacado pela forte crítica contra a censura sobre a atuação de jornalistas, ele é o entrevistado do Painel RBS especial de lançamento do Guia de Ética e Autorregulamentação Jornalística do Grupo RBS, marcado para as 10h30min.

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Em entrevista ao Programa Atualidade, da Rádio Gaúcha, o ministro relacionou a liberdade de expressão com o direito do cidadão de receber a informação em “primeira mão, de forma plena”.

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– Países mais avançados enxergam a liberdade de imprensa pelos benefícios que ela instaura no seio de uma sociedade democrática, como um espaço de comunicação sem constrangimento por parte do Estado.

– Não se pode, por antecipação, definir o que o jornalista pode ou não pode dizer. Isso é camisa de força – completou.

Questionado se o Poder Judiciário seria o responsável por mediar o limite da atuação de jornalistas, Britto defendeu a própria liberdade como meio fiscalizador. Para ele, os excessos são combatidos com “mais liberdade”. Como exemplo, citou o Guia de Ética elaborado pelo Grupo RBS.

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– Isso é um exemplo de autorregulamentação, com a instauração de um guia ético. É um casamento por amor entre liberdade e responsabilidade. Isso significa maturidade, signo de sociedade avançada.

Aperfeiçoar a missão de fazer jornalismo

O presidente do Grupo RBS, Nelson Sirotsky, classificou o guia como um meio de aperfeiçoar a missão da empresa de fazer jornalismo com responsabilidade e ética.

De acordo com ele, apesar de ser de orientação interna, o manual tem total transparência para o público, o que garante à sociedade a possibilidade de acompanhar a forma com os veículos da RBS atuam e a linha editorial do grupo.

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– Nós queremos que esse tipo de mecanismo aproxime ainda mais a empresa, os seus profissionais e os veículos do nosso público. O jonalismo precisa ser exercido com total de liberdade, mas precisamos garantir acesso aos nossos veículos, aos nossos profissionais – disse, também em entrevista à Rádio Gaúcha.