Confira o relato da conselheira tutelar de Rio do Sul Graziela Maike Lohse, 39 anos, que teve a licença maternidade negada e desde o dia 12 de maio tem levado a filha recém-nascida para o trabalho:
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Jornal de Santa Catarina – As conselheiras tutelares de Rio do Sul não possuem o direito à licença-maternidade?
Graziela Maike Lohse – Estou pedindo esse direito desde 2012 quando o Estatuto da Criança e do Adolescente foi alterado, mas a prefeitura o vem negando. Eu entrei com uma ação requerendo o meu direito e o juiz negou. Desde o dia 12 de maio estou trabalhando. A bebê vai comigo e levo alguém para cuida dela.
Santa – O que o setor de Recursos Humanos da prefeitura lhe disse?
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Graziela – Primeiro eu apresentei o atestado médico. A licença maternidade eu ia protocolar, mas eles negaram e disseram que conselheiro não tem direito a nenhum dia de atestado médico. Eu protocolei o pedido de licença maternidade e o resultado oficial ainda não recebi, mas verbalmente me disseram que vão descontar porque eu não tenho direito. Então voltei a trabalhar.
Santa – Como você se sente?
Graziela – Como conselheira tutelar defendo o direito das crianças e adolescentes e não posso defender o direito da minha filha. Seria um direito dela estar com a mãe em casa. Me empenho pela causa de outras criança e não consigo manter os direitos da minha própria filha.