O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, defendeu nesta terça-feira uma discussão mais profunda sobre os efeitos da crise financeira internacional na indústria frigorífica brasileira.

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Durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, ele avaliou que ainda não é hora de levar o assunto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

– Já sabemos quais são os reflexos da crise, mas existem muitas dúvidas. Não podemos adotar medidas gerais – declarou.

Segundo Stephanes, o governo ainda não definiu medidas específicas de socorro aos grandes frigoríficos brasileiros:

– O que sabemos é que o BNDES está fazendo uma análise para saber o que está acontecendo com os frigoríficos.

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O ministro destacou que a saída para o setor de carnes continua sendo o mercado externo. Ele disse que os recentes problemas de exportação entre Brasil e União Europeia reduziram as vendas para o exterior em dois terços. Mas, segundo o ministro, os entendimentos do ponto de vista sanitário “estão muito bem” e os auditores que vieram ao Brasil inspecionar a cadeia produtiva “saíram satisfeitos”.

– É verdade que os preços caíram, mas ainda estão acima dos preços históricos – disse.