“Não passa de um engano”, disse o vereador Nado (PSD) em entrevista exclusiva à CBN Joinville. Ele é o parlamentar investigado por envolvimento em um esquema de corrupção, conhecido também por “rachadinha”, na Câmara de Joinville. Ao todo, 26 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta quinta-feira (18).
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Conforme a Polícia Civil, parte das remunerações dos assessores do vereador eram recolhidos com objetivo de gerar enriquecimento e vantagens políticas tanto em prol do legislador investigado quanto de seus aliados. Por conta da investigação, a casa do vereador e a Câmara de Joinville foram alvos de mandados.
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— Uma situação que você jamais imagina. O que eu acredito é que é ano eleitoral, nosso mandato está muito bem e sempre existem falsas denúncias. Vamos colaborar com a polícia. Abrimos a casa, dei a senha do meu celular, abrimos nosso gabinete, demos aparato total para investigar tudo. Agora, vamos esperar o desfecho. O problema vai ser reverter a situação porque acusar é fácil, agora dizer que era inocente — relatou o vereador.
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Veja fotos da operação
Nado alega que é inocente e que ainda não tem mais informações sobre as denúncias. O vereador afirmou que só soube do teor da investigação, que seriam as rachadinhas, por meio da imprensa.
— Quando eles abrirem meu celular, vão ver quanto bem nós fazemos para as pessoas. Agora, muitos não fazem isso e querem passar a perna, quer derrubar aqueles que estão fazendo. Alguns para chegar ao sucesso passam a perna nos outros. Porque em seis meses a gente tem eleições municipais aqui em Joinville novamente — indicou Nado sobre o que teria motivado a investigação.
Veja entrevista exclusiva do vereador
De acordo com a Polícia Civil, a suspeita é de que o esquema tenha sido posto em prática em 2021, ano que Nado assumiu na Câmara. Ele ocupou a vaga deixada por Osmar Vicente (à época no PSC que se tornou Podemos), que teve o mandato cassado após o partido ter todas as candidaturas indeferidas pela Justiça Eleitoral.
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O esquema seria articulado por agentes de confiança do parlamentar, pessoas que atuam como intermediárias entre o recolhimento dos valores e sua destinação final. A atuação de intermediadores no esquema criminoso é o motivo pelo qual se denominou a operação policial como “backbone”, ou seja, espinha dorsal.
— Mas eu quero que a polícia investigue e realmente lá na frente vão ver que tudo não passou de um engano — disse o vereador.