O promotor Andrey Cunha Amorim denunciou os três acusados pelos assassinatos de cinco pessoas no dia 5 de julho em um apart-hotel em Canasvieiras, Florianópolis. A Justiça aceitou a denúncia e os presos são réus. Os acusados de planejar e executar a chacina de Canasvieras se chamam Francisco José da Silva Neto, Michelangelo Alves Lopes e Ivan Gregory Barbosa de Oliveira. Todos moradores do norte da Ilha e com idades entre 20 e 22 anos. Nesta entrevista, revela suas impressões sobre o crime:
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O Francisco Neto afirma que matou sozinho. É isso mesmo?
Não. Eles combinaram. Uma coisa é você apertar a corda, outra coisa é estar junto, vigiar. Respondem igual. Ao menos pelo que foi apurado até agora. Não necessariamente precisa puxar o gatilho para matar alguém, pode ajudar, vigiar, cada um contribuir com uma ação.
Ele (Neto) foi o mentor?
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O cabeça. Ele planejou e pediu auxílio dos outros dois amigos dele.
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Foi uma chacina premeditada?
Planejada. Os caras levaram cordas, amarraram de maneira que não tinha jeito… Pouparam uma pessoa, as outras mataram. Foram sufocadas.
Fala-se no inquérito que teriam ido ao apart-hotel porque haveria lá R$ 500 mil. O senhor acredita nisso?
Esse é o indicativo maior que todos de queriam a morte, porque ele (Neto) convidou a turma para ir matar e prometeu: ‘olha tem que matar porque se tiver um dinheirinho lá, alguma coisa, a gente leva, distribui’.
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A viagem de um deles é um agravante?
Não é um agravante legal, mas é um indício que estava tudo errado.
A gasolina nos corpos. Essa crueldade pesa em eventual pena?
Sim. Não temos certeza ainda se essa gasolina foi colocada na boca deles ou em cima para queimar. Eles foram estrangulados. Asfixia já é um meio cruel.
O que levaria jovens a um crime tão bárbaro?
O que motivou foi a dívida com a família. Matar a família inteira… Já não justificaria nenhuma morte, imagina cinco. É um crime bem grave, bárbaro. Eles mesmos confessam que estavam juntos, tem filmagens de outros ambientes perto.