Com Leonardo Thomé

O promotor Andrey Cunha Amorim denunciou três homens pela chacina de Canasvieiras. A Justiça aceitou a denúncia e os presos são réus.

Continua depois da publicidade

Nesta entrevista, ele revela suas impressões sobre o bárbaro crime, em Florianópolis:

O Francisco Neto afirma que matou sozinho. É isso mesmo?

Não. Eles combinaram. Uma coisa é tu apertar a corda, outra coisa é estar junto, tu vigiar. Respondem igual. Ao menos pelo que foi apurado até agora. Não necessariamente tu precisa puxar o gatilho para matar alguém, pode ajudar, vigiar, cada um contribuir com uma ação.

Continua depois da publicidade

Ele (Neto) foi o mentor?

O cabeça. Ele planejou e pediu auxílio dos outros dois amigos dele.

Foi uma chacina premeditada?

Planejada. Os caras levaram cordas, amarraram de maneira que não tinha jeito… Pouparam uma pessoa, as outras mataram. Foram sufocadas.

Fala-se no inquérito que teriam ido ao apart-hotel porque haveria lá R$ 500 mil. O senhor acredita nisso?

Esse é o indicativo maior que todos de queriam a morte, porque ele (Neto) convidou a turma para ir matar e prometeu: ‘olha tem que matar porque se tiver um dinheirinho lá, alguma coisa, a gente leva, distribui’.

Eles foram estrangulados

A viagem de um deles é um agravante?

Não é um agravante legal, mas é um indício que estava tudo errado.

A gasolina nos corpos. Essa crueldade pesa em eventual pena?

Sim. Não temos certeza ainda se essa gasolina foi colocada na boca deles ou em cima para queimar. Eles foram estrangulados. Asfixia já é um meio cruel.

Continua depois da publicidade

O que levaria jovens a um crime tão bárbaro?

O que motivou foi a dívida com a família. Matar a família inteira… Já não justificaria nenhuma morte, imagina cinco. É um crime bem grave, bárbaro. Eles mesmos confessam que estavam juntos, tem filmagens de outros ambientes perto.

Chacina: as confissões de um plano cruel

Leia mais notícias e análises de Diogo Vargas