“Não haverá segundo turno no Estado”, arrisca Paulo Eccel

Paulo Eccel, atual prefeito de Brusque, é um dos quatro candidatos que concorrerão à presidência do Partido dos Trabalhadores nas eleições que serão disputadas neste domingo. Em entrevista ao Diário Catarinense, ele ressaltou que possui apoio em diversos setores da sigla e por isso tem expectativa de não enfrentar um segundo turno.

O político, de 48 anos, apoia a reeleição de Rui Falcão na disputa nacional pela presidência do partido. Diz defender uma candidatura própria ao governo do Estado, que seria a vontade da militância da legenda.

DC – O senhor acredita na vitória no domingo?

Eccel – Sim, em função do volume de apoios que a gente vem recebendo em todas as regiões do Estado, inclusive na região Oeste. Temos o apoio de boa parte das lideranças do Partido dos Trabalhadores, sejam lideranças com mandato ou lideranças de movimentos sociais. Conseguimos o apoio de deputados estaduais, federais, a ministra (Ideli Salvatti), o atual presidente (José Fritsch). Creio que estamos bem respaldados tanto pelas lideranças como pela base. A nossa expectativa é de que não haverá segundo turno em Santa Catarina, assim como é a expectativa na (eleição para a presidência) nacional.

DC – O que o diferencia do seu adversário direto?

Eccel – A amplitude dos apoios e o fato de eu não ser candidato em 2014, para poder me dedicar à construção das candidaturas na campanha do Partido dos Trabalhadores. O Vignatti será candidato então é natural que ele vá dedicar uma boa parte do tempo para cuidar da sua. O que eu quero é dedicar esse tempo ao PT. A proposta de ter um grande sistema de participação e fortalecer o debate coletivo.

DC – Para qual rumo quer conduzir o partido estadual em 2014?

Eccel – Para o rumo que militância está apontando, que é candidatura própria do nosso partido ao governo de Santa Catarina. Todas as nossas lideranças, da municipal até a mais ilustre, defendem candidato próprio do PT. Nesse projeto que eu vou dedicar minha atenção em 2014.

DC – O projeto nacional deve ser privilegiado em detrimento ao estadual?

Eccel – A nossa prioridade com certeza é a reeleição da presidenta Dilma. Mas aqui no Estado nós temos a certeza de que a forma de garantir um número maior de votos para a candidatura dela é ter candidatura própria ao governo do Estado. Se se confirmar o apoio do governador Raimundo Colombo à presidenta Dilma, certamente ele o fará no palanque que ele está construindo. O PT terá o seu palanque, com os nossos aliados. Serão dois palanques para a presidenta em Santa Catarina. O próprio presidente nacional do PT, Rui Falcão, esteve no Estado nos últimos meses e deixou claro que os destinos administrativos do partido em Santa Catarina está nas mãos do próprio PT estadual.