Moradora da Nova Rússia, Alexandra Griebener sente uma aflição toda vez que vai ao Centro da cidade. Teme que a área que desbarrancou na Rua Santa Maria ceda ainda mais. Ela lembra que em 1987 perdeu duas pessoas da família em um acidente de carro no trecho por causa de uma pedra. Três semanas depois da colisão, o local recebeu melhorias:
Continua depois da publicidade
– Espero que o poder público não espere acontecer a mesma coisa no trecho onde deslizou terra em outubro. As pessoas têm medo de subir até aqui. Aqui onde moramos não tem risco algum. Se ocorrer uma catástrofe maior, ficaremos ilhados por causa daquele trecho. Acredito que é necessário pensar em um acesso alternativo pelo Jordão ou fazer a recuperação da rua.
Leia mais
:: Após deslizamentos, turismo da Nova Rússia enfrenta problemas em Blumenau
Não há solução imediata para o deslizamento que ocorreu na Rua Santa Maria. O trecho está protegido com tapumes e por ser estreito, apenas um veículo por vez pode passar no local. Os moradores que antes iam até a localidade com um ônibus comum precisam fazer baldeação na ETA 3 e pegar um micro-ônibus até o fim da rua.
Continua depois da publicidade
Segundo o secretário de Serviços Urbanos, Rafael Felipe Jansen, engenheiros fizeram análise do terreno e a conclusão que chegaram é de que a intervenção é complexa. O trecho que caiu foi o enrocamento feito em 2011 e são várias as alternativas de recuperação da via:
– Não há solução viável para o local neste momento. Durante o verão o trecho vai permanecer desta maneira até que possamos licitar o projeto. Podemos alargar a via e detonar rochas, fazer um desvio, recuperar a encosta ou até pensar em um novo acesso para a região. É uma intervenção bem complicada e cara, e nossa preocupação agora é manter o transporte coletivo até o fim da rua.
Conforme Jansen, o projeto deve ser licitado no início do próximo ano para verificar qual a melhor solução de engenharia para o trecho. Não há previsão para o início das obras. Questionado sobre os risco de a terra ceder ainda mais, o secretário ressalta:
– Não há garantia, mas nos preocupa. O tempo ainda não firmou e primeiro precisamos da definição do tipo de projeto.
Continua depois da publicidade