O compromisso para início das obras de duplicação da BR-470 no trecho de 18,6 quilômetros entre Navegantes e Ilhota foi firmado nesta segunda-feira com a assinatura da ordem de serviço para as obras. O prazo para finalização da duplicação da rodovia é quase quatro anos, o mesmo contado para as obras no trajeto que vai de Ilhota a Indaial.
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Presente na solenidade que ocorreu no fim da manhã, no Clube 1º de Maio, em Navegantes, o superintendente do Dnit em Santa Catarina, João José dos Santos, concedeu entrevista a reportagem de O Sol Diário. Confira abaixo a entrevista na íntegra:
Como ficará a questão da relocação do tubos da SC Gás que passam pelo trecho?
Tudo isso está sendo tratado. A obra é um desafio, é numa área com muita interferência urbana, muita influência do serviço público e o gás é um deles. Mas sobre a rede de gás estamos tratando com a SC Gás. Em 50% existe rede de gás. Mas é importante que já falamos com o governador, inclusive aproveitamos esta viagem, e o governador está marcando reuniões com a SC Gás. Além do mais não poderíamos fazer nada sem a ordem de serviço.
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Como estão as autorizações do Ibama para a obra? Há alguma pendência que impeça o andamento? Que licenças e autorizações o Dnit tem?
Agora resolvemos todas. Não há mais nenhum impedimento. Esperamos que a obra no início do segundo semestre comece a andar bem. Todas as licenças ambientais, inclusive autorizações, captura de fauna, licenças de escavação. Tudo o que é ambiental hoje já está equacionado. Os programas ambientais vão seguir junto com a obra, as desapropriações e a remoção de serviço público também ocorrem junto com a obra. Existem mais de 15 programas ambientais que caminham junto com a obra.
O que esperar da duplicação no trecho, que assim como os lotes 3 e 4 é bem urbanizado?
É um desafio porque tem muita interferência urbana, mas hoje nós avançamos nas questões de Ibama. Já há recursos empenhados para a obra e empresa contratada.
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Como ocorrem paralelamente ao andamento das obras, as desapropriações podem emperrar o andamento do projeto?
Serão muitas desapropriações nesse trecho, agora de cabeça não tenho ideia de quantas, mas são muitos imóveis. De qualquer forma, o diálogo com os moradores sempre foi tranquilo, pagamentos em dia então isso não nos assusta.
Deste modo, não se espera que ocorram atrasos?
Problemas técnicos sempre haverá. A empresa hoje foi chamada, vou conversar com eles para que a gente possa marcar reuniões, porque é com a ordem de serviço que a gente pode efetivamente cobrar. Agora é para valer e a luta é grande, são quatro anos de obras.
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As assinaturas não andam no mesmo ritmo dos editais. Um exemplo é o caso das desapropriações: o prazo para a obra está correndo, mas a licitação para desapropriar o trecho nem sequer foi concluída. Há uso político dos atos de assinatura para mostrar obras, quando essas não acompanham o que foi feito no papel?
Essa é uma visão ruim. Se sonha isso há 30 anos e nunca ninguém fez. O governo federal já garantiu os recursos, mais de R$ 1 bilhão, tanto é que nos lotes 3 e 4 sanamos todas as questões ambientais agora e a obra é um desafio . O evento ordem de serviço – que até o governo federal faz muito pouco, para se ter uma ideia só na BR-101 Sul nós temos 110 viadutos prontos, 230 quilômetros duplicados e 30 pontes novas sendo que nenhuma foi inaugurada – aqui é importante marcar porque o sonho da região é muito grande.