Um homem bom, herói do povo, preocupado com os pobres e oprimidos? Ou um psicopata, louco pelo poder e bandido da pior espécie? Romero Rômulo (Alexandre Nero) é um pouco de tudo, joga no time que lhe for favorável no momento, mas no fim das contas, não é fiel a ninguém. Nem a si mesmo.

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O grande problema de Romero não é ser um lobo em pele de cordeiro (ou um cordeiro em pele de lobo), a questão é que ele não é digno de confiança, não tem princípios claros. Até mesmo os piores bandidos da facção lutam por uma causa e são fiéis a ela. Matam, sequestram, torturam, mas ao menos têm princípios, por piores que sejam.

Já Romero, literalmente, veste uma camiseta que não combina com sua personalidade. Assim fica difícil para o público decidir se vai amá-lo ou odiá-lo. Se assumisse o lado pilantra e se unisse de vez a Atena (Giovanna Antonelli), ainda assim teria uma boa torcida, já que o casal tem química e faz sucesso entre os telespectadores.

O público poderia, sim, torcer pelo vilão da novela. Mas pra isso, ele tem que se assumir como tal. Ficar em cima do muro só complica e tira de Romero Rômulo qualquer chance de defesa. Por esse caminho, será “derrota na guerra, irmão.”

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