ZH – A integração entre polícias (e também órgãos públicos como um todo) é um dos maiores problemas da segurança no país. Como está esse processo?
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Rodrigues – Esse é o grande legado da secretaria, a integração. E também é um grande desafio. Cada sede tem uma comissão estadual onde têm assento todas as instituições, onde se define o que se vai fazer, não é algo que venha de cima para baixo.
ZH – O que ainda falta concluir no plano de segurança para o Mundial?
Rodrigues – Temos o planejamento estratégico definido, finalizamos o processo de reavaliação da atuação integrada de forças de segurança. Em março, faremos exercícios simulados e eventos-testes. Em abril, estaremos prontos para operar.
ZH – Iniciar esse processo de testes só em março não é muito próximo ao evento?
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Rodrigues – Não. Temos de fazer isso a partir da definição do planejamento operacional, que não pode acontecer muito distante do evento, por causa do dinamismo da segurança pública. De pouco valeria fazer exercícios hoje.
ZH – Desde 2007 se sabe que haverá Copa no Brasil. Não seria melhor ter criado a secretaria antes de 2011?
Rodrigues – Os trabalhos iniciais foram feitos pela Secretaria Nacional de Segurança Pública. Com o avançar do tempo e a percepção da estrutura necessária, se entendeu ser melhor ter um órgão para fazer a gestão e coordenação. Dentro do cronograma estabelecido, do investimento de R$ 1,1 bilhão em segurança, estamos de acordo com o planejado.
ZH – Há riscos de novos protestos durante a Copa?
Rodrigues – Historicamente, onde há grande evento, haverá protestos. Aqui não vai ser diferente. Trabalhamos com a certeza de que haverá protestos. A nossa preocupação não é monitorar movimentos sociais, nosso foco é coibir e prevenir ações violentas em manifestações legítimas.
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ZH – Quantas pessoas estarão envolvidas na segurança durante o Mundial?
Rodrigues – Utilizamos 50 mil profissionais de segurança pública (envolvendo também bombeiros, fiscais de trânsito e pessoal da saúde) na Copa das Confederações. A expectativa é de que esse número dobre ou passe um pouco do dobro, pelo menos 100 mil.
ZH – A segurança do Brasil está preparada para o evento?
Rodrigues – Estaremos preparados. Não estamos preparados ainda porque não é hora. A hora de estar preparado é quando tivermos de operar efetivamente. Já mostramos (essa capacidade) na Copa das Confederações.
ZH – O torcedor estrangeiro estará seguro no Brasil?
Rodrigues – Será um clima de celebração e festa. Estaremos empenhados para que todos, não só os estrangeiros, tenham a confiança de que estarão em um ambiente pacífico.