Depois de "nove anos de preços estagnados", a crise no mercado de carne interno da China funciona como um alento para os produtores de carne de Santa Catarina. Ainda que a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc) afirme que este "não era o Natal desejado" para o consumidor, o movimento internacional permitiu a recomposição de preços no Brasil.

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A redução no consumo da carne em Santa Catarina já gira em torno de 50% em relação a períodos anteriores, segundo o vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri. Ele afirma que os próximos meses até podem apresentar redução no preço, mas eles ainda estarão 50% maiores que os praticados em 2019 e os produtos terão menor qualidade.

– Nós vamos viver dois momentos: o daqueles que produzem para exportar e o dos produtos de menor qualidade para o mercado interno, porém com preço meno. Porque não é possível e nem terá suporte pra que esse preço de hoje se mantenha.

O setor acredita que o fato de o aumento nos preços ter acontecido às vésperas das festas de fim de ano vá interferir diretamente no consumo, que deve ser reduzido em relação a anos passados.

– Não era esse o Natal que a gente esperava para o consumidor. Até a gente está fazendo conta pra reformular o cardápio. As aves especiais, os cortes especiais de carne estarão mais caros e o mercado só vai se acomodar no mês de janeiro, quando há um consumo menor", afirma Barbieri.

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